Quarta-feira, Novembro 27, 2024
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FMI diz que STP pode contrair financiamentos, mas sob condição de “empréstimos favoráveis ou donativos”

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São-Tomé, 06 Jun 2024 (STP-Press) – A equipa do Fundo Monetário Internacional, chefiada por Slavi Slavov, que esteve de visita a São Tomé e Príncipe, de 23 de Maio a 05 de Junho, para discutir com as autoridades nacionais o apoio às políticas e planos de reforma, no âmbito do acordo para cedência de Crédito Alargado, num comunicado enviado à redacção da STP Press, diz o seguinte:

São Tomé e Príncipe enfrentou um ano de 2023 muito difícil e continua a debater-se com elevadas necessidades de importação de combustíveis e reservas internacionais “delapidadas”. Nos últimos anos, o país foi atingido por vários choques, incluindo a COVID-19, as enxurradas e o aumento de preços dos produtos de base como consequência da guerra na Ucrânia, cujo impacto na economia continua a ter repercussões negativas. Além disso, São Tomé e Príncipe sofreu um enorme choque externo no início de 2023, quando um importante exportador de combustível deixou de fornecer combustível a crédito, gerando um grande défice de financiamento externo.

Acrescenta o comunicado que “juntamente com as falhas de energia, estes factores contribuíram para o abrandamento do crescimento do PIB real para 0,2% em 2022 e um valor estimado de 0,4% em 2023. A inflação acelerou novamente para 19,2% em Abril de 2024 em termos homólogos. As reservas internacionais diminuíram drasticamente”.

Na conclusão da missão a São Tomé e Príncipe, o FMI considera, no entanto, que o país adoptou importantes medidas de reajustamento da economia, como a introdução do IVA e a actualização dos preços de combustíveis.

“As autoridades são-tomenses implementaram algumas reformas importantes: Introduziram o imposto sobre o valor acrescentado, em Junho de 2023, e levaram a cabo um grande ajustamento orçamental em 2023. Os preços dos combustíveis foram actualizados e os subsídios explícitos aos combustíveis foram, na globalidade, eliminados. O Banco Central de São Tomé e Príncipe pôs termo ao financiamento monetário do orçamento e aplicou algumas medidas restritivas para reduzir as reservas excedentárias”, indica o comunicado.

Quanto às várias reuniões e negociações realizadas com as autoridades do país, o Fundo Monetário Internacional afirma que “durante a missão, registaram-se progressos em matéria de medidas políticas destinadas a corrigir os desequilíbrios internos e externos”, e que “os governantes demonstraram empenho em levar a cabo um ambicioso ajustamento orçamental a médio prazo, que constitui o principal instrumento para fazer face à elevada dívida pública e para reequilibrar a economia num regime de paridade cambial, complementado por uma política monetária mais restritiva”.

No entanto, o FMI considera ser urgente a aceleração das reformas do sector de energia para aliviar as pressões sobre a dívida pública e as reservas externas, assim como para despoletar o crescimento. Além disso, diz o FMI, é fundamental o reforço da transparência e a resolução das debilidades em matéria de governação, a fim de reduzir as vulnerabilidades à corrupção.

Por último, o FMI aconselha as autoridades nacionais a assumirem compromissos, junto dos parceiros externos, para obtenção de financiamentos, uma condição que considera prévia para que o fundo apoie o projecto de reformas.

“Face à elevada dívida pública do país, é igualmente importante que estes compromissos de financiamento assumam a forma de donativos ou de empréstimos em condições muito favoráveis”, diz o FMI que acrescenta que “a aplicação atempada e decisiva destas políticas e compromissos seria fundamental para São Tomé e Príncipe conseguir restabelecer a estabilidade macroeconómica e promover o seu desenvolvimento sustentável”,

Depois da visita de aproximadamente duas semanas a São Tomé e Príncipe, o Fundo Monetário diz que “as portas” continuam abertas para o fecho das negociações e que nas próximas semanas prosseguirão as reuniões virtuais sobre o pacote de políticas adequadas.

A missão foi recebida pelo Presidente da República, Carlos Vila Nova, e reuniu-se com o primeiro-ministro, Patrice Émery Trovoada, com o ministro do Planeamento e Finanças, Ginésio Valentim Afonso da Mata, ministro da Economia, Disney Leite Ramos, governador do Banco Central, Américo D’Oliveira dos Ramos, presidente do Tribunal de Contas, Ricardino Costa Alegre, directores de várias instituições públicas, representantes do sector privado, incluindo bancos e parceiros de desenvolvimento.

Por fim, a equipa do Fundo Monetário Internacional manifesta “o seu profundo apreço às autoridades nacionais pela cooperação e pelo construtivo diálogo sobre as políticas.”

Fim/MF

 

25 famílias de zonas de risco de Santa Catarina receberam casa nova na “Zona de Expansão Segura”

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São-Tomé, 06 Jun 2024 (STP-Press) – Vinte e cinco famílias, cujas habitações se encontram em zonas de risco, na Vila de Santa Catarina, extremo norte do país, receberam na terça-feira (04) nova habitação.

Composta por dois quartos, uma sala mista, uma cozinha, uma casa de banho e varanda, as habitações vêm já equipadas com canalização de luz eléctrica e água potável.

A construção das 25 habitações faz parte do projecto WACA, financiado pelo Banco Mundial, que visa retirar as famílias das zonas de risco, devido às alterações climáticas, e mudá-las para “zonas de expansão segura”.

A entrega das 25 habitações às 25 famílias foi testemunha pela vice-presidente do Banco Mundial para a África Austral e Oriental, Vitória Kwakwa, que se encontrava de visita de trabalho de três dias ao país, à frente de uma delegação de quinze técnicos, pelo ministro das Infraestruturas e Recursos Naturais, José Carvalho Rio, e por responsáveis e técnicos do projecto WACA – Projecto de Gestão das Áreas Costeiras da África Ocidental.

Antes do acto da entrega, a vice-presidente do Banco Mundial, dirigindo-se aos presentes e aos beneficiários, afirmou que o estabelecimento da zona de expansão segura “é um passo digno que é simplesmente o começo da resiliência da Vila de Santa Catarina e de outras comunidades, num total de seis áreas por todo o país” e que com o projecto WACA+ (mais), “vamos poder construir mais casas para poder ajudar às pessoas a serem resilientes às mudanças climáticas”.

Vitória Kwakwa apelou, no entanto, à população para manter a zona limpa e aconselhou-a “a não fazer a prática de abuso de extracção ilegal de areia”.

O ministro José Carvalho Rio, em nome do Governo, salientou a importância das novas casas para a “segurança das pessoas e a melhoria da sua condição de vida”, dando os parabéns as vinte e cinco famílias beneficiadas.

“À semelhança da Vila de Malanza, a sul do país, a população de Santa Catarina está de parabéns”, disse o ministro José Rio, sublinhando que “o governo não vai ficar por aqui, vai continuar a construir mais casas, de acordo às necessidades da população”.

O coordenador do projecto WACA, Arlindo Carvalho, explicou as opções que haviam para a construção, se seriam casas de alvenaria ou de madeira, e que preferiu casas de madeira para evitar a extracção de areia, e que “o projecto teve que plantar cinco mil árvores para compensar as que foram abatidas para construção”, e que  o projecto teve inicio há sete anos.

Arlindo Carvalho anunciou para Agosto e Setembro a construção de mais vinte casas para outras famílias, também de Santa Catarina, que vivem em zonas de risco. O coordenador acrescentou que as habitações em zonas de risco, cujos proprietários beneficiaram de casa nova, vão ser destruídas, e que o local vai ser aproveitado para zona de lazer e actividades turísticas.

Presente também na cerimónia, o presidente da Câmara Distrital de Lembá, Guilherme Inglês, agradeceu o WACA e o Banco Mundial, por considerar que “tirar as pessoas das zonas de risco para a zona de expansão segura é motivo de muita alegria”.

Fim/JS

 

Primeiro-ministro defende proibição de sacos de plástico e subvenções a acções de reciclagem na “Feira do Ambiente”

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São-Tomé, 06 Jun 2024 (STP-Press) –  O primeiro-ministro, Patrice Trovoada, instou a população a usar “menos plásticos” e a ter maior consciência para as questões do meio ambiente e a protecção e a preservação do ecossistema do país.

Patrice Trovoada defendeu mesmo a proibição do uso de sacos de plástico e a subvenção a serviços de reciclagem, visando a protecção ambiental de São Tomé e Príncipe.

O primeiro-ministro fez essa “advertência” na Feira de Promoção de Alternativas para a Protecção Ambiental em São Tomé e Príncipe, realizada ontem pelo Ministério do Ambiente, em alusão à semana Mundial do Ambiente e da Biodiversidade.

“Devemos investir nos materiais alternativos e proibir o plástico” – disse Patrice Trovoada, sublinhando que “a lei tem de ser um pouco mais severa, a lei fala de reduzir e nós temos, se calhar, ir para proibir, desde que também se encoraja materiais alternativos”.

Quanto aos serviços de reciclagem de resíduos plásticos, o primeiro-ministro é de opinião que o governo tem que procurar mecanismos de suporte financeiro, para “encorajar” os empreendedores, porque “é um negócio que faz bem ao planeta, é um negócio que faz bem ao país”, considerou.

“Temos de ter essa reflexão de como ir buscar e assegurar financiamentos ou subvencionar estas actividades que,  de facto, são actividades positivas para toda gente”, salientou o primeiro-ministro.

Patrice Trovoada considera que o país está um “pouco atrasado” em relação a outros países, particularmente, em relação a outras “ilhas frágeis” em matéria de protecção ambiental, mas que “estamos a chegar là”.

“Temos consciência de que estamos um bocadinho atrasados em relação aos outros países, nomeadamente, outras ilhas frágeis, mas estamos a chegar lá”, disse o primeiro-ministro.

Presente também no acto, a ministra do Ambiente, Nilda Mata, referiu-se a várias acções em curso, visando a protecção ambiental e o ecossistema “a todos os níveis”: Desde a protecção costeira, o abate indiscriminado de árvores, a extracção ilegal de areia e de outros inertes, quer nas praias como nos rios, protecção das bacias hidrográficas, etc.

Quer o primeiro-ministro como a ministra do Ambiente mostraram-se muito satisfeitos com os produtos da exposição, à base, essencialmente de reciclagem, feitos pelos empreendedores nacionais, Ong’s e alguns de inciativas aleatórias.

“vimos também aqui a utilização do tronco de bananeiras para produzir sacas de papel – nós normalmente importámos grande parte de sacas de papel, mas com esta iniciativa, podemos oferecer alternativas em relação aos plásticos, – para proteger o nosso ambiente. Temos de pensar na geração futura”, considerou a ministra.

Recorde-se que em Agosto de 2019, a Assembleia Nacional de São Tomé e Príncipe aprovou um projecto-lei sobre medidas para redução de uso de sacos de plásticos, visando a protecção do meio ambiente e saúde pública, mas que não tem sido respeitado pela população, por falta de exigência das próprias autoridades ou por falta de campanhas de sensibilização.

Fim/RN

 

China doa equipamentos desportivos a São Tomé e Príncipe

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A República Popular da China, através da embaixada em São Tomé, fez, na segunda-feira, a entrega de um lote de equipamentos desportivos ao governo são-tomense, visando à massificação e relançamento do desposto escolar.

Os equipamentos foram doados pela Administração-geral do Desporto da China, e foram entregues à Direcção-geral dos Desportos pela embaixadora da China, Xu Yingzheng, à ministra da Juventude, Desporto e Empreendedorismo, Eurídice Medeiros.

Em declarações à imprensa, a embaixadora da China afirmou estar convencida de que o lote de materiais, que incluem bolas de futebol, de basquetebol, de andebol e de voleibol, bem como anéis de ginástica, entre outros materiais “vai contribuir para a promoção do desporto e o desenvolvimento integral dos jovens de São Tomé e Príncipe”.

“O desporto também é uma ponte de amizade e de paz, enquanto a juventude é o futuro e a esperança da Nação”, disse Xu Yingzheng, para acrescentar que “é um prazer poder ajudar o melhoramento das condições para o desenvolvimento do desporto em São Tomé e Príncipe no âmbito de cooperação bilateral”.

A ministra Eurídice Medeiros agradeceu a oferta e disse que a doação irá contribuir para a massificação do desporto e implementação do desporto escolar, e a promoção da saúde e o bem-estar dos jovens, fomentando “valores de disciplina, trabalho em equipa, cooperação e excelência”.

Eurídice Medeiros suublinhou que a oferta “não é apenas um gesto de solidariedade, mas também um investimento no futuro dos jovens e no desenvolvimento do desporto em São Tomé e Príncipe”.

A oferta desse lote de equipamentos desportivos resulta de um memorando de entendimento, no âmbito da cooperação desportiva entre os dois países, assinado em 2022.

Fim/RN

 

Equipa médica chinesa vai ajudar o HAM a instalar a 1ª Unidade de Cuidados Intensivos de Cardiologia

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São-Tomé, 05 Jun 2024 (STP-Press) – Mais de vinte médicos e clínicos gerais são-tomenses beneficiaram de uma sessão de formação sobre diagnóstico e tratamento da cardiopatia grave e treinamento em primeiros socorros, organizada pela equipa médica chinesa em São Tomé e Príncipe.

A formação decorreu no maior centro hospitalar do país, o Hospital Dr. Ayres de Menezes, sob orientação do médico Zhang Ming, chefe da equipa médica chinesa.

Um dos objectivos dessa formação de capacitação, além de melhorar as capacidades de diagnóstico, tratamento e primeiros socorros dos médicos cardiovasculares e clínicos gerais são-tomenses, visou o treinamento dos médicos nacionais para a “construção da primeira Unidade de Cuidados Intensivos de Cardiologia (UCIC)” em São Tomé e Príncipe.

Depois da “palestra teórica”, a equipa médica chinesa utilizou o molde inteligente de treinamento em “ressuscitação cardiopulmonar”, trazido especialmente da China, para realizar demonstrações de “operação padronizada”.

O Hospital Dr. Ayres de Menezes é o único hospital do país que conta com especialistas em medicina cardiovascular e enfermarias especializadas, mas não dispõe de Unidade de Cuidados Intensivos de Cardiologia, o que impossibilita “o resgate e tratamento oportunos de pacientes com doença cardiovascular grave”, devido à falta de equipamentos e de pessoal médico especializado, o que o chefe da equipa médica chinesa lamentou.

Em 2022, o governo chinês iniciou o “Projecto de Mecanismo de Cooperação de Hospitais Homólogos China/África”, beneficiando 30 países africanos, em que o Hospital Dr. Ayres de Menezes está incluído, numa conexão com o Hospital da Universidade de Sichuan, na região ocidental do país.

Água Izé vai ser epicentro da X Bienal de Artes e Cultura de São Tomé e Príncipe

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São-Tomé, 03 Jun 2024 (STP-Press) – A Roça Água Izé vai ser o epicentro da realização este ano da X Bienal de Artes e Cultura de São Tomé e Príncipe, que se desenrolará de 25 de Junho a 25 de Junho.

A Décima Bienal de Artes e Cultura de São Tomé e Príncipe terá como lema “A (re) descoberta de nós – da História ao Património Comum, das Utopias ao Futuro”, e contará com a participação de artistas nacionais e internacionais, bem como de representações das diversas organizações da sociedade civil local e estrangeiras.

O local foi escolhido porque o objectivo é transformar a Roça Água Izé numa micro cidade rural, transversal, educadora, transformadora e cultural. A bienal deste ano em Água Izé pretende também dar uma atenção especial aos patrimónios naturais históricos e culturais do país, considerando que os museus existentes e as diversas manifestações culturais de São Tomé e Príncipe se encontram em risco de desaparer devido a inúmeras dificuldades.

“O que nós queremos fazer é voltar outra vez ao meio rural, como estivemos em 1995 na Roça São João. O que nós queremos fazer com a Roça Água Izé é que através das artes e da cultura (re)inventar uma roça tipicamente colonial, emblemática do Barão de Água Izé, e transformá-la num futuro próximo, numa micro cidade rural, transversal, educadora, transformadora e cultural”, segundo o promotor do evento, João Carlos Silva.

João Carlos Silva disse também que a bienal está a cumprir “um desígnio quase nacional que é de reaproximação de povos e culturas e artistas da sub-região em solo são-tomense”.

Além de São Tomé e Príncipe, participarão no evento representantes culturais de Cabo Verde, Portugal, Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, República Democrática do Congo, Senegal, Togo e França.

A Aliança Francesa e a Embaixada da França já confirmaram o patrocínio de algumas acções desta edição da Bienal de Artes e Cultura de São Tomé e Príncipe.

“O financiamento para esta décima bienal da parte da Aliança Francesa e da Cooperação Francesa só tem lugar a partir de outro projecto maior que é a residência de artistas da nossa sub-região”, confirmou João Carlos Silva.

A Bienal de Artes e Cultura de São Tomé e Príncipe é considerado o maior evento cultural e artístico realizado pelo país, que une vários artistas de países amigos e da subregião africana.

Fim/KA/NS

 

 

Presidente da República na Cimeira Coreia do Sul/África manifesta “forte interesse de relançar a cooperação” com o país asiático

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São-Tomé, 04 Jun 2024 (STP-Press) – O Presidente da Republica, Carlos Vila Nova, discursou hoje na abertura da Cimeira Coreia do Sul/África, que decorre hoje e amanhã, na capital sul-coreana, Seul.

O Chefe de Estado centrou o seu discurso na necessidade do reforço da cooperação entre São Tomé e Príncipe e a Coreia do Sul e apontou áreas que essa cooperação poderá ser muito profícua para o desenvolvimento do país, destacando a agricultura, a saúde, a formação, as tecnologias e energia.

“Desejamos continuar a intensificar a cooperação com a República da Coreia do Sul e alargá-la a áreas estratégicas, como energias renováveis, turismo, protecção ambiental, economia digital, comunicações e comércio”, frisou Carlos Vila Nova para acentuar que acredita que “podemos alcançar grandes progressos com a parceria da Coreia do Sul através desses sectores cruciais”, mas que “precisamos de um apoio robusto e estratégico para transformar e modernizar a agricultura em São Tomé e Príncipe para atingir a soberania alimentar”.

“A República da Coreia do Sul com a sua notável experiência e avanços em tecnologias agrícolas e inovação pode desempenhar um papel fundamental nesta transformação através da prática de agricultura inteligente”, enfatizou o Chefe de Estado são-tomense.

Como contrapartida do Estado são-tomense ao apoio da Coreia do Sul, Carlos Vila Nova garantiu que a República da Coreia do Sul pode sempre contar com apoio da República Democrática de São Tomé e Príncipe, porque “somos e continuaremos a ser um parceiro comprometido com fortalecimento das nossas relações e a construção de um futuro próspero, sustentável e solidário para os nossos países”.

O Presidente são-tomense reconheceu que ao longo dos anos a Coreia do Sul tem sido um alinhado estimável e um parceiro estratégico no desenvolvimento de São Tomé e Príncipe, particularmente nas áreas da saúde, segurança, educação e tecnologia.


Recordou que a cooperação entre a República Democrática de São Tomé e Príncipe e a República da Coreia do Sul remonta aos primórdios da independência, e que desde então “temos partilhado uma amizade sólida e uma parceria frutífera, cimentada pela assinatura de diversos acordos em múltiplos domínios de cooperação”.

Aberta esta terça-feira pelo Presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, no Centro Internacional de Exposições KINTEX, em Ilsan, Seul, a cimeira de dois dias tem como o lema “O Futuro que Fazemos Juntos: Crescimento Partilhado, Sustentabilidade e Solidariedade”.

A cimeira foi presidida de encontros de alto nível, ao nível da diplomacia, entre os dois lados para que fosse possível a sua realização, que acontece pela primeira vez desde a fundação da República da Coreia do Sul. Participam no evento vários Chefes de Estado e de Governo africanos, assim como várias organizações regionais e internacionais.

Fim /RN

Polícia Judiciária já tem Plano Estratégico para modernização da instituição

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São-Tomé, 04 Jun 2024 (STP-Press) – A Polícia Judiciária (PJ) de São Tomé e Príncipe vai implementar o seu plano estratégico de cinco anos para inverter algumas fraquezas que enfermam a instituição,  nomeadamente o quadro de recursos humanos limitados, infraestruturas precárias, recursos financeiros insuficientes, falta de confiança da população, entre outras situações.

O objectivo é tornar a Polícia Judiciária numa instituição policial de referência, moderna, eficiente e eficaz reconhecida e protectora dos direitos dos cidadãos.

O plano foi validado pela ministra da Justiça, Administração Pública e Direitos Humanos, Ilza Amado Vaz, e segundo informações publicadas na página oficial do ministério, o documento serve de guia para o desenvolvimento e modernização da Polícia Judiciária, a definição do rumo a seguir, a promoção da coesão interna e o melhoramento da comunicação institucional.

De acordo com o director da Polícia Judiciária, o magistrado Wilsene Barros, entre outros desafios, que levaram a instituição a elaborar o Plano Estratégico, figuram “o aumento da criminalidade, os novos tipos de crimes complexos, a necessidade de reforçar os serviços de intervenção e de investigação, a aquisição de meios especializados, a necessidade de uma resposta adaptada para a protecção da sociedade e a pressão crescente e mediática de alguns crimes”.

O Plano Estratégico da Polícia Judiciária resulta de uma parceria entre o governo, através do Ministério da Justiça, Administração Pública e Direitos Humanos, e o PNUD, no âmbito do projecto de modernização do sector da justiça que, segundo o governo, é fundamentar para que São Tomé e Príncipe continue a estar posicionado como bom aluno, referência da democracia e dos direitos da liberdade dos cidadãos.

Fim/AD

São Tomé e Príncipe e Banco Mundial começaram hoje a analisar o quadro de cooperação financeira

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São-Tomé, 03 Jun 2024 (STP-Press) –   A  vice-presidente do Banco Mundial (BM)  para África Oriental e Austral, Vitória Kwakwa, foi esta manhã recebida pelo primeiro-ministro, Patrice Trovoada,  com quem analisou, entre outras questões, “quais são as acções que devem ser implementadas a curto prazo” para “a transformação do sector energético”.

“Abordamos a questão do sector energético e quais são as acções que devem ser implementadas a curto prazo para engajar na aquilo que é a transformação do sector energético”, – afirmou a  vice-presidente do Banco Mundial para África Oriental e Austral à saída do encontro com o primeiro-ministro são-tomense.

Vitória Kwakwa acrescentou que discutiu com Patrice Trovoada as medidas para melhorar o sector energético “de modo a garantir a sustentabilidade do sector” para que “todos os serviços energético sejam do custo eficiente para a população e também para a produção energética”, referiu.

“Falámos de medidas a serem implementadas que criam um forte compromisso para reviver o sector energético no que toca, principalmente ao custo eficiente e a produção energética em geral” – adiantou a vice- presidente do Banco Mundial para África Oriental e Austral.

Vitória Kwakwa disse aos jornalistas que o primeiro-ministro, Patrice Trovoada, falou-lhe de várias iniciativas que estão a decorrer em diferentes sectores, nomeadamente, o sector das infraestruturas, do emprego e sector portuário, que segundo ela “vão ajudar a estimular o desenvolvimento do país”.

Vitória Kwakwa reconheceu os progressos de São Tomé e Príncipe em várias áreas, como os indicadores da saúde materna e a taxa de mortalidade infantil que o país, segundo disse “é campão nestas áreas”, tendo prometido continuar a apoiar os referidos sectores.

Vitória Kwakwa chegou a São Tomé, neste domingo e deve regressar na quarta-feira, chefiando uma a delegação com 15 elementos do Banco Mundial. O objectivo da missão é reforçar o quadro de parceria com São Tome e Príncipe e inteirar-se das obras, sectores e empresas que contam ou que podem vir a contar com financiamentos da instituição numa projecção avaliada em valor líquido total de 219 milhões de dólares para sustentar um total de dez projectos.

Esta visita da delegação do Banco Mundial (BM) acontece, numa altura em que se assiste, há mais de ano, a um “impasse” nas negociações com vista à assinatura do novo programa de cooperação, que leva ao novo acordo de facilidade de crédito alargado com o Fundo Monetário Internacional (FMI), sendo, que o ponto da divergência está em “questões energéticas” por causa de aquisição de combustíveis num custo trimestral de cerca de 11 milhões de dólares.

Fim/RN

Primeiro-ministro: “Não é novidade para ninguém de que o país não tem dinheiro para importar bens necessários”

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São Tomé, 31 Mai 2024 (STP-Press) – O primeiro-ministro, Patrice Trovoada, disse ontem que “não é novidade para ninguém” a informação avançada pelo chefe da missão do Fundo Monetário Internacional, FMI,  Slavi Slavov, de que “São Tomé e Príncipe não tem dinheiro para importar bens necessários”.

O chefe do Governo fez a declaração, ontem à noite, no Aeroporto Internacional Nuno Xavier, quando regressava de uma missão que o conduziu a Portugal e a Venezuela.

“Eu ouvi aí algumas declarações de que o país não tem dinheiro para importar, que o país está cheio de dívidas, …. bem, eu quero dizer uma coisa: Este país não tem dinheiro para importar desde que cheguei ao poder, o ADI, enfim, este novo governo, o país já não tinha dinheiro para importar, por isso, não é novidade para ninguém”, afirmou Patrice Trovoada.

E reagindo às dividas, o primeiro-ministro recordou que “o país tem dívida sim, que também não é novidade! É preciso saber se é boa divida ou má dívida”, interrogou, esclarecendo que “o governo tem assegurado cerca de 5 milhões de dólares em salários mensalmente, cerca de 11 milhões de euros trimestrais em combustíveis, não obstante a carência da divisa bem como a inexistência de ajuda internacional”.

Quanto às constatações do FMI, o primeiro-ministro são-tomense disse que “o FMI faz constatações, mas nós estamos no real a lidar com uma situação que é extremamente complicada, … nós estamos a lidar com ela, e espero que o FMI nos traga soluções”, apontou.

“Nós vamos tentar discutir com eles e ver se as soluções são aceitáveis para nós, porque, na última instância o que importa são os são-tomenses e o povo são-tomense”, disse Patrice Trovoada, contrariando as recomendações do FMI para o aumento de preços.

“As soluções fáceis de aumentar o preço de combustíveis, aumentar o preço de electricidade, aumentar o IVA, não estamos de acordo. Estamos a lidar com pessoas, não com números. Eu tenho responsabilidade de tomar conta das pessoas e vai ser assim a discussão”, sublinhou.

“A delegação do FMI está cá, porque nós manifestamos já desde o mês de Abril a nossa vontade de renegociarmos um novo acordo, por isso, vieram. Eu vou os receber um dia desses e não vai haver por enquanto condições para se assinar um acordo. Esta é uma missão técnica para recolha de dados e informações visando elaborar recomendações para proposta e contrapropostas”, referiu Patrice Trovoada, a propósito da missão do FMI que ainda se encontra no país chefiada por Slavi Slavov.

Fim/RN

 

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