Texto: João Soares *** Foto: Lourenço da Silva
São-Tomé, 06 Ags ( STP-Press ) – São-Tomé e Príncipe deve aumentar a sua capacidade produtiva de forma gerar riquezas, disse hoje a representante do Fundo Monetário Internacional, FMI, Xiangming Li, no final de mais uma ronda de avaliação da situação macroeconómica do arquipélago.
A saída da audiência esta manhã com o Primeiro-Ministro, Jorge Bom Jesus, antes de uma outra com Presidente Evaristo Carvalho, a chefe da missão do FMI, Xiangming Li disse que “o País tem é, aumentar a sua capacidade produtiva de forma gerar riquezas, porque realmente se assim não for, não há possibilidade de enfrentar as dificuldades que de facto tem pela frente”.
“Neste encontro constatamos que o Primeiro-ministro Jorge Bom Jesus está absolutamente consciente dos enormes desafios que tem pela frente, está também consciente das questões antecedentes que colocaram o país nesta situação e também consciente sobre as formas de encontrar soluções para os problemas”- disse a chefe da missão do FMI.
Xiangming Li explicou que “ FIMI, temos duas componentes, a primeira é a questão da dívida acumulada e a segunda é que a dívida está bastante acima que é considerado pelo rolamento interno do fundo como estando numa situação ainda sustentável, portanto, tendo ultrapassando esse teto, é necessário reduzir para poder realmente avançar com programa”.
Avançou que “uma das grandes responsáveis por toda esta situação está obviamente ligada a questão da dívida da EMAE para com a ENCO, é outra questão que tem que ser resolvida”, tendo concluído que “esta questão tem a ver com o stock da dívida do passado”.
Tendo assegurado que “outra questão para o futuro, é preciso reduzir as dívidas neste caso a EMAE e aumentar as receitas e ser obviamente reestruturado,” Xiangming Li disse que “ outra questão que foi discutida é que o governo está vários anos a dar o subsidio (combustível), o preço de venda de combustível tem que cobrir o seu custo porque o governo não pode continuar a subsidiar”.
Adiantou que “uma terceira componente é a questão das despesas ao nível do governo, para depois sustentar que “é necessário que a receita cubra de facto as despesas que é aquilo não tem vindo a acontecer, constatamos durante as reuniões que tivemos, há alguns progressos que foram alcançados, estamos a discutir com o governo as formas de ultrapassar essa questão, ou através do aumento das receitas ou diminuição das despesas”.
Fim/JS,RN