Texto: Ricardo Neto ** Foto: Lourenço da Silva

São-Tomé, 26 Ju ( STP-Press) – O Governo são-tomense vai lançar para “muito breve” uma campanha de inspecção e fiscalização de terras  agrícolas, sobretudo, as  no “total estado de abandono”, com a finalidade “pedagógica de rentabilizá-las”, apostando na “valorização de produtos agrícolas e agro-industriais” produzidos no arquipélago – anunciou quarta-feira o ministro da Agricultura, Francisco do Ramos.

 Tendo revelado que “ a maioria de terra concedida pelo Estado no quadro do programa de privatização da assistência agrícola encontra-se no total estado de abandono”, Francisco Ramos disse que “para alterar este estado de coisas, iremos iniciar muito em breve com a inspeção e fiscalização de todas as parcelas agrícolas, sejam pequenas, médias ou grandes, com finalidade pedagógica”.

Disse ainda que “ para concretização desta política entendemos que o único caminho a percorrer terá que ser o de transformar a nossa agricultura de subsistência numa actividade de negócio que deve obedecer as questões pragmáticas como sejam a rentabilidade das produções, os mecanismos de crescimento, acrescimentos de valores, a imagem, a marca, a certificação da qualidade, distribuição, marketing e comercialização”.

O ministro Francisco Ramos disse ainda que “a área de cultivação deverá ser igualmente perspetivada, apostando em mecanismo de credibilização e valorização dos produtos agrícolas e agroindustriais produzidos em São Tomé e Príncipe, de modo que quer o mercado interno quer o mercado externo ganham confiança e adquira com maior quantidade e com maior valor acrescentado os produtos produzidos em São Tomé e Príncipe.

Segundo a CPADRP (2007) foram distribuídas 28367,48 hectares de terra arável em São Tomé e Príncipe sendo 69,7% para os pequenos agricultores, 0,2% aos médios empresários e outros cidadãos 30,1%, mas que no entanto, peritos do sector apontam como fracassos da distribuição, a ausência de cadastramento e registos parcelas concedidas, falta de autoridades nas empresas, agravando, corte indiscriminado de árvores e a degradação ambiental, falta de investimento, bem como deficiências na legislação fundiária devido a ausência de estruturas operacionais, entre outras causas.

Fim/RN

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