Texto: Ricardo Neto *** Foto: Lourenço da Silva
São-Tomé, 10 Abr ( STP-Press) – O primeiro-ministro são-tomense rejeitou hoje e considerou “sintomática e prenunciadora do “deja-vu” as declarações do Presidente da República que acusou de querer “encobrir alguns dirigentes que usaram indevidamente o erário público”, tendo apelo a comunidade internacional para estar “atenta à ardilosa arquitetura política com objetivos inconfessáveis”.
Jorge Bom Jesus numa declaração esta tarde à Nação disse que “ a comunicação do Presidente da República é sintomática e prenunciadora do deja-vu, pois, constatamos com preocupação que talvez seja a única saída para encobrir atos e responsabilidades de alguns dirigentes que usaram indevidamente o erário público, aumentando a sua riqueza pessoal enquanto o povo continua na miséria”.
“ A comunicação alarmista do Presidente da República prende-se com a alegada falta de lealdade institucional no tange a determinados assuntos do Estado” disse Jesus tendo acrescentado que além do “respeito escrúpulo dos princípios de seperação dos poderes”, este governo “assumiu como bandeira, a transparência, a prestação de contas e luta contra a corrupção, condições sine-que-nom para o crescimento económico”.
Tendo considerado “surpreendente uma declaração de Chefe de Estado que acusa Governo de deslealdade institucional e de premeditada tentativa de subversão da ordem constitucional”, Jorge Bom Jesus sublinhou que o “governo rejeita categoricamente” esta afirmação do Presidente da República.
Além de declarar que “o governo lança um veemente apelo à comunidade internacional para estar atenta à ardilosa arquitetura política que parece estar a ser orquestrada com objetivos inconfessáveis”, Bom Jesus exortou “ a todos os são-tomenses a se manterem tranquilos, pois as instituições continuam o seu regular funcionamento, não havendo crises nem motivos para dramatizações”.
Disse ainda que a convocação do Conselho Superior de Defesa anunciada pelo Presidente da República “é muito bem-vinda até porque a iniciativa para a sua realização partiu do governo” sublinhando que “ relativamente ao Conselho de Estado a Nação e o governo aguardam expectantes a sua convocação e as motivações que a norteiam”.
Tendo assegurado a continuidade da “luta pela rápida recuperação económica e financeira do País”, Jesus disse que o seu governo “espera a célere promulgação do OGE de 2019, instrumento fundamental que vai permitir a materialização do seu programa e a execução de investimentos públicos para a resolução dos problemas mais candentes do povo, nomeadamente, a energia, desemprego, saneamento do meio, saúde, educação, habitação em suma, a dignidade de cada são-tomense”.
Fim/RN