Texto: Ricardo Neto *** Foto: Lourenço da Silva

São-Tomé, 07 Abr ( STP-Press ) –  A Directora da Polícia Judiciária, PJ, Maribel Rocha lamentou e criticou atitude do Procurador Geral da República, tendo declarado que a detenção do ex-ministro das Finanças foi validada por próprio Ministério Público, MP, que a mesma acusa de ter posto em liberdade ex-ministro das Obras Públicas por alegada imunidade parlamentar inexistente.

“A Polícia Judiciária lamenta e critica a atitude do Procurador-Geral da República, PRG, que nas suas irrefletidas declarações, demonstrou um total desprezo pelo esforço que tem sido desenvolvido pelos inspetores desta instituição que com poucos meios a seu dispor vem levando o combate titânico contra a criminalidade” disse Maribel Rocha reagindo sábado as últimas declarações do PGR face a detenção do ex-ministro das Finanças, Américo Ramos e proibição de viajar ao ex-ministro Carlos Vila Nova.

Detenção de Américo Ramos validada por MP

Relativamente a detenção de Emerico Ramos, a directora da PJ disse que “ o ministério público validou a detenção do suspeito que foi apresentado ao Juiz de instrução criminal que decretou a medida de coação mais gravosa que é a prisão preventiva”.

“ Assim, sendo, pergunta-se aonde está a usurpação de poderes do Ministério Público por parte da Polícia Judiciária” – interrogou Maribel Rocha face a acusação feita pelo Procurador Kelve Nobre de Carvalho, segundo a qual, a PJ teria usurpado as competências do Ministério Público ao proceder esta detenção.

Carlos Vila Nova saiu por imunidade inexistente

Quanto a proibição de viajar aplicado ao ex-ministro Carlos Vila Nova, a directora da Polícia Judiciária acusou o Ministério Público de tê-lo posto em liberdade na base de uma inexistente imunidade parlamentar, usurpando as competências da Assembleia Nacional, o Parlamento são-tomense.

“ Aproveitamos para exprimir a nossa surpresa por saber que o Ministério Público aplicou termo de identidade e residência como fundamento de que Carlos Vila Nova é deputado e goza das imunidades atribuídas aos deputados, quando é de todos sabido, que a competência para declarar estatuto de deputados em exercício de funções, cabe exclusivamente a Assembleia nacional”, – revelou Maribel Rocha.

Alguns ex-ministros indiciados em vários crimes

Disse ainda que “ no âmbito da queixa-crime apresentada nesta polícia, onde, vem indiciados alguns dos ex-ministros do governo cessante e após análise detalhada da denúncia apurou-se que existem indícios mais que suficientes dos suspeitos na prática de crimes de participação económica e negócios, enriquecimento ilícito, corrupção passiva para acto ilícito e branqueamento de capitais”.

“A Polícia Judiciária vem reafirmar que continuará empenhada a cumprir a sua missão de prevenção, investigação e combate a prática de crime no estrito respeito pelas leis e a colaborar com Ministério Público e Tribunais para punição dos seus responsáveis”- acrescentou.

Fim/RN

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