São-Tomé, 05 Abr– O ex-ministro são-tomense das Obras Públicas Carlos Vila Nova foi quinta-feira impedido pela Polícia Judiciária (PJ) de viajar, quando já estava no aeroporto, e foi convocado para ser ouvido por esta polícia, – soube-se hoje de fonte judiciária.

Numa declaração a Agência Lusa, Carlos Vila Nova disse desconhecer em que âmbito ou por que motivo vai ser ouvido pela PJ, referindo que lhe foi entregue uma carta que apenas indica que deve apresentar-se à Polícia Judiciária “a fim de ser ouvido”.

O antigo governante e atual deputado do partido Ação Democrática Independente (ADI, na oposição em São Tomé e Príncipe) relatou que se encontrava “na sala VIP do aeroporto” são-tomense, quando foi abordado por “elementos da PJ”, que indicaram que deveria comparecer hoje sexta-feira, avançou a lusa.

Este é o segundo caso envolvendo governantes do anterior executivo do ADI, liderado por Patrice Trovoada (2014-2018), em dois dias, após a detenção, na quarta-feira, do antigo ministro das Finanças Américo Ramos, que ficou hoje em prisão preventiva, decretada pelo tribunal de primeira instância.

De acordo com a Lusa, fonte do Ministério Público (MP) disse que não pediu à PJ para realizar esta diligência, tal como tinha ocorrido na quarta-feira, aquando da detenção, nas imediações da sua casa, do antigo responsável da pasta das Finanças e atual assessor do Presidente da República, Evaristo Carvalho.

A jurista, Celisa Deus Lima, advogada de Américo Ramos, acusou a PJ de usurpar competências que cabem ao MP, referindo que “não houve mandado de detenção” emitido por este órgão, que é o “titular da ação penal”.

Fim/STP-Press/Lusa

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