Texto: Ricardo Neto ** Foto: Lourenço da Silva
São-Tomé, 01 Abr ( STP-Press ) – O primeiro-ministro de São-Tomé e Príncipe, Jorge Bom Jesus presidiu esta manhã a cerimónia de abertura do mês nacional da cultura, tendo exortado aos nacionais a se apostarem na “excelência” como um dos pontos fundamentais para a afirmação mundial da cultura são-tomense.
“ São Tomé e Príncipe tem que continuar afirmar-se, afirmar a sua cultura no concerto mundial de todas as culturas do mundo e, para isto, porque somos poucos, porque somos pequenos, temos de apostar na excelência” – disse Jorge Bom Jesus
“ A cultura é nosso folclore, mas é muito mais do que isto” disse para depois acrescentar que “ a cultura está nas sete musas; está na poesia, está na literatura, está na arquitetura, enfim, que tenhamos em consideração também esta dimensão holística da cultura”.
“Não fabricamos carros, não fabricamos marcas de nada, o quê que temos de facto é a nossa cultura” disse Jesus tendo concluído que “ a cultura não existe sem os seres humanos”.
Nesta cerimónia realizada no Museu Nacional nos arredores de São Tomé, a ministra da Cultura, Maria da Graça Lavres na sua intervenção destacou a participação da mulher são-tomense no processo do desenvolvimento sociocultural, político e económico do País.
“ Os tabus estão a ser quebrados pela positiva” disse a ministra Graça Lavres referindo-se a presença feminina num dos actos culturais [ Tchilole, tragédia de Marquê de Mântua ]que animava a cerimónia, com mulheres a desempenhar alguns papeis que eram estritamente reservados aos homens.
“ As mulheres estão a conquistar aos poucos os lugares dentro da nossa cultura” disse a ministra do Turismo, Cultura, Comércio e Industria, apontando como exemplo o papel da rainha e das criadas [ do Tchilole ] que foram hoje desempenhas pelas próprias mulheres ou invés dos homens que as imitavam por tradição neste folclore são-tomense.
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