São-Tomé, 14 Dez ( STP-Press ) – O Comité Olímpico de São-Tomé e Príncipe está a beira de uma crise eleitoral na sequência de uma polémica disputa entre João Costa Alegre e Guilherme Neto ao cargo de presidente desse organismo face ao congresso electivo marcado para dia 16, sexta-feira.
De um lado está, o presidente do Comité Olímpico são-tomense, João Costa Alegre, há 20 anos na presidência, a defender a sua recandidatura, e do outro, o vice-presidente, Guilherme Neto, pela primeira vez a concorrer-se a liderança numa candidatura acusada por seu adversário Costa Alegre de incumprimento no prazo estatutário.
Ao confirmar a sua recandidatura na segunda-feira última na TVS, João Costa Alegre, assegurou ter sido o único candidato ao escrutínio de sexta-feira, uma vez que segundo ele, já teria expirado o prazo para uma outra eventual candidatura ao abrigo do estatuto do comité.
Na terça-feira também na TVS, o vice-presidente, Guilherme Neto, anunciou a apresentação da sua candidatura, tendo afirmado não existir quaisquer irregularidades na sua decisão apoiada por várias federações.
«Como é que alguém pode ser candidato sem ter conhecimento? Os Estatutos dizem que 20 dias antes da Assembleia Electiva os candidatos devem se manifestar. Agora quem teve conhecimento disto? Ninguém.”-defendeu Guilherme Neto, tendo concluído que “é claro que os estatutos foram feitos para que houvesse uma continuidade do actual Presidente”.
Hoje, quarta-feira, em declarações a Rádio Nacional, João Costa Alegre, apelou para um “consenso” entre as duas candidaturas num clima de “diálogo” com vista a salvaguardar a credibilidade e os projetos do organismo sob pena de se desembocar numa crise de eleitoral eleitoral no seio desta instituição desportiva.
Do outro lado, o candidato Guilherme Neto sublinha que «fui contactado pelas federações para avançar com esta candidatura, sobretudo para democratizar o Comité Olímpico e unir a família do desporto» de São-Tomé e Príncipe.
Fim/RN