Texto: Ricardo Neto ** Foto: Lourenço da Silva

São-Tomé, 03 Fev (STP-Press)  – “ Essa energia da juventude é uma espécie de lava que se bruta de um vulcão adormecido” – declarações do primeiro-ministro são-tomense, Jorge Bom Jesus sobre a forte adesão juvenil esta manhã na marcha da liberdade que partiu da capital até a Fernão Dias, por ocasião de 03 Fevereiro, dia  dos heróis da liberdade que se comemora hoje no arquipélago.

Encabeçada pelo ministro da Juventude, Vinício de Pina e pelo ministro do Trabalho Adlander Costa Mato, a tradicional marcha da liberdade iniciou esta manhã por volta das 6:30 da capital de São Tomé e terminou na Praia Fernão Dias, onde acolheu o acto central, presidido pelo presidente do Parlamento, Delfim Neves na ausência do Presidente da Republica, Evaristo Carvalho.

Contactado pela imprensa sobre a forte adesão dos jovens a marcha da liberdade, o primeiro-ministro, Jorge Bom Jesus disse que “ essa energia da juventude é uma espécie de lava que se bruta de um vulcão adormecido”.

Jorge Bom Jesus acrescentou ainda “ a juventude é o ponto de partida e o ponto de chegada e o principio e o fim do nosso processo de desenvolvimento.”

Em declarações a imprensa já a chegada a praia Fernão Dias, o Ministro da Juventude, Desporto e empreendedorismo, Vinício de Pina disse que esta marcha da liberdade teve uma das maiores enchentes dos últimos anos o que demonstra o interesse e a esperança, sobretudo, dos jovens são-tomenses no processo de desenvolvimento do País.

“ Tratou-se de um exercício de cidadania para honrar os nossos heróis, aqueles que lutaram pela nossa liberdade” disse o ministro que manifestou-se satisfeito por ter participado na marcha “ em honra dos mártires da liberdade”.

Além da tradicional marcha da liberdade a cerimónia ficou marcada com hastear da Bandeira Nacional, momento de orações e cânticos das confissões religiosas, nomeadamente Adventista, Evangélica, Nova Apostólica entre outras actividades.

A data simboliza a determinação, o patriotismo e coragem de muitos compatriotas são-tomenses que contribuíram com ações de revolta, outros com a própria vida, para a germinação da liberdade, tendo como prelúdio os acontecimentos do histórico 3 de Fevereiro de 1953, que culminou no dia 12 de Julho de 1975, com a proclamação da Independência Nacional de São-Tomé e Príncipe.

Segundo os historiadores, estima-se que pouco mais de mil nativos da ilha de São-Tomé foram torturados até a morte durante a ofensiva militar do então governador português Carlos Gorgulho, numa tentativa de contratação para trabalho forçado nas plantações de cacau e café.

Fim/RN

 

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