Texto: Ricardo Neto *** Foto: Lourenço da Silva

São-Tomé, 31 Jan ( STP-Press ) – O governo são-tomense abriu inquérito para averiguar falta de transferência no processo de destruição da antigas notas de Dobras e  adjudicação das obras do novo edifício do Banco Central na sequência de denuncias e queixas-crimes contra ex- governador do Banco e os seus administradores, exonerados há dias na base das supracitadas suspeitas, anunciou quarta-feira, um dos novos administradores da instituição, Alcino Sousa.

“ Recebemos há dias um despacho do ministério do Planeamento, Finanças e Economia Azul sobre a instauração de um inquérito para averiguação factos que fundamentavam a resolução aquando da exoneração a que nos referimos” disse Alcino Sousa, o porta-voz do novo Conselho de Administração do Banco Central.

Sousa anunciou ainda que “ desta feita, queremos também anunciar que o governo do Banco Central não podendo manter-se alheio a tudo que estar acontecer, considerando que se trata dos quadros seus, também instaurar um inquérito para não só a veracidade deste facto, mas também para se apurar responsabilidades individuais e disciplinares”.

“ Sabendo que o Banco Central é uma instituição fundamental tanto para o sistema financeiro como para a economia e que tem uma reputação singular, o Estado entendeu por bem que essas denúncias punham os superiores interesses do Estado são-tomense e tal como mandou instaurar este inquérito que começou hoje [quarta-feira] “ – sustentou, Alcino Sousa.

Na resolução, o governo citou como fundamentos para exoneração da antiga direcção do Banco, a denuncia crime ainda pendente nas instanciais judiciais, a suspeita de falta de transparência na atribuição de fundos públicos aos altos dirigentes da instituição no âmbito do processo de destruição de notas velhas bem como no processo de adjudicação e execução de obras do novo edifício do Banco Central.

Fim/RN

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