Texto: Ricardo Neto ** Foto: António Amaral “InterMamata”

São Tomé, 04 Jan (STP-Press) – O primeiro-ministro são-tomense, Jorge Bom Jesus presidiu esta manhã o acto central do dia Rei Amador, a figura emblemática da história são-tomense, tendo declarado que “precisamos destas referências” dos heróis da luta de liberação e da independência nacional “para resolvermos os problemas inerentes ao subdesenvolvimento.

“Nós precisamos destas referências dos heróis” disse Jorge Bom Jesus tendo-se referido aos mártires da liberdade incluindo Rei Amador, para depois sublinhar que “precisamos das referências dos heróis para podermos encontrar soluções dos problemas inerentes que temos do subdesenvolvimento crónico” do País.

“ Hoje é um dia de um grande simbolismo para São Tomé e Príncipe e para nosso percurso de resistência politica e cultural” disse Jorge Bom Jesus, tendo sublinhado que “ nós precisamos de buscar forças, as ancoras no passado para melhor interpretarmos o presente e encontrarmos vias para busca de soluções mais acertadas”.

Tendo considerado que o Pais presta hoje a homenagem a “todas aqueles que cimentaram a nossa história com o seu sangue”, o primeiro-ministro disse que “ nós pedimos ao ministério da educação que nos currículos escolares, nos programas, nos textos possa integrar os elementos e valores da nossa história que o futuro seja melhor”.

O acto central em homenagem ao Rei Amador aconteceu esta manhã feriado nacional na praça da cultura junto a estátua que retrata a figura do Rei Amador, o considerado percursor da luta de libertação por ter liderado a histórica revolta de escravos em 1595 na tentativa de libertar as ilhas do regime colonial e pôr fim ao trabalho escravo nas plantações de cana do açúcar.

O Rei Amador, considerado rei dos Angolares (escravos vindos de Angola) terá sido preso e morto em 1596, referem os documentos históricos sobre o Rei  e sobre a história de São Tomé e Príncipe conseguiu a independência em 12 Julho de 1975, na sequência da saída dos colonos portugueses, já em plena era da produção do cacau que sucedeu ao ciclo de cana do açúcar (1470- 1800).

 

Fim/RN

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