Texto: Ricardo Neto ** Foto: Afonso Amaral “InterMamata”
São-Tomé, 28 Nov. ( STP-Press ) – Jornalistas são-tomenses chegaram hoje ao consenso sobre os pontos “positivos e negativos” que condicionam o exercício das suas funções, sobretudo, nos órgãos estatais, nomeadamente, a Rádio, TVS e STP-Press, de acordo com conclusões saídas esta tarde no final do curso destinado à classe, organizado pela embaixada dos EUA em colaboração com a IREX.
No final da formação orientada pelos formadores moçambicanos, Rui Lamarques e Arsénio Manhice, os cerca de quarenta jornalistas são-tomenses foram consensuais em apontar alguns “pontos fortes e fracos” que têm vindo a influenciar de “forma positiva e negativa” o exercício da classe numa perspectiva de melhor servir com isenção, rigor e transparência.
Relativamente aos “pontos negativos” os profissionais foram unanimes em defenderem “ a melhoria da gralha salarial e condições de trabalho como um das formas de se contornar os pontos negativos” que obstam a boa prestação de serviços jornalísticos, sobretudo, nos órgãos de imprensa estatal, designadamente, a TVS, a Radio Nacional e STP-Press.
Além concordarem com “ a materialização da transformação dos mídias estatais em empresas públicas” bem como “ o reforço e restruturação de classe sindicais” como forma de se superar “ a falta de coesão e organização de capacidade negocial” os jornalistas declararam apoio a uma “maior mobilidade da carreira” e “ reforço e actualização dos pacotes legislativos” da classe.
Já nos pontos positivos, os profissionais constataram uma audiência aceitável e um nível satisfatório de cobertura jornalística a mais de 80 % na Rádio Nacional e na TVS bem como aumento considerável de visualizações a nível da STP-Press incluindo os jornais privados sobretudo on line e outras paginas de serviço informação nas redes sociais.
Tendo apontado como “ponto forte” o surgimento das rádios comunitárias na alguns distritos de São Tomé alegando apenas a necessidade de regulamentação no funcionamento das mesmas, os jornalistas citaram também como “positivo” a criação do curso da comunicação social na universidade pública do País, e o Conselho Superior de Imprensa reclamando somente a redefinição da sua estrutura e a sua competência.
Durante a formação de três dias, os jornalistas falaram do jornalismo investigativo, eleitoral, as novas tecnologias entre outros assuntos “num verdadeiro clima de debate de ideias e troca de experiencias e de opiniões” tal como considerou, uma das participantes, a conceituada jornalista são-tomense, Conceição Lima “São”, também poetisa e que foi autorizada pela organização para fechar o curso com poema Kalua do livro o Útero da Casa, numa saudação aos formadores moçambicanos.
Ouça poema de São Lima
Fim/RN