Por: Ricardo Neto, jornalista da Agência de Notícias STP-Press
São Tomé, 13 de Out. (STP-Press ) – Dois antigos presidentes de São Tomé e Príncipe, Manuel Pinto da Costa e Miguel Trovoada decidiram convidar as forças políticas são-tomenses para “um encontro em busca de uma saída para “actual crise” resultante das eleições de 7 de Outubro no País, -Soube-se hoje a STP-Press de fonte oficial.
A iniciativa dos dois ex- presidentes foi tornada pública esta manhã num comunicado lido por um antigo presidente da Assembleia Nacional, (Parlamento) e ex-primeiro-ministro, Leonel Mário d’Álva, que também foi um dos signatários do documento que convida as forças políticas para um encontro em busca de solução para actual crise pós-eleitoral.
“ Convidar as formações políticas que participaram nas eleições para um encontro em busca de uma saída para actual crise”, lê-se no comunicado, no qual, os signatários exprimirem o “desejo de que o processo de formação do próximo governo decorra com toda a normalidade, no respeito da lei e na salvaguarda da estabilidade política”.
Depois de apelo a “todas as formações políticas participantes nas recentes eleições a aguardarem serenamente a proclamação dos resultados definitivos pela entidade competente”, os antigos dirigentes da República lamentam “actos de violência e de destruição, contrários as tradições ancestrais da cultura de paz do povo são-tomense”.
Além de exortarem “os responsáveis políticos a absterem-se de proferir declarações que possam incitar a violência e conduzir ao agravamento da tensão política e social reinante”, os subscritores do comunicado apelaram ainda a “cessação da divulgação de informações falsas e manipuladoras da opinião pública, nomeadamente nas redes sociais”.
“ Nós abaixo assinados, Manuel Pinto da Costa, Miguel Trovoada e Leonel Mário d’Alva decidimos proceder a uma reflexão conjunta sobre situação actual e entendemos que urge que os ânimos serenem e que a razão e bom senso se sobreponha as paixões partidárias” – Lê-se no comunicado
De um lado o partido ADI, vencedor das legislativas de domingo com uma maioria simples de 25 dos 55 deputados do Parlamento, reivindica o direito de formar o governo tendo do outro lado, a oposição formada por MLSTP-PSD, o segundo mais votado com 23 deputados e a coligação PCD-MDFM-UDD, o terceiro com 5 deputados, também reclamar a viculatividade de governar em aliança com uma sustentabilidade parlamentar de 28 deputados.
Além de interpretações troca acesa de palavras, acusações e ameaças, entre os dirigentes das forças políticas em causa, o período eleitoral ficou marcado segunda-feira ultima com acto de violência protagonizado por um grupo de populares revoltosos que incendiou uma viatura de uma juíza que participava no apuramento dos resultados eleitorais no distrito da capital São-Tomé.
Fim/RN