São Tomé (São Tomé e Príncipe), 09 Dez. 2024 (STP-Press) – O antigo primeiro-ministro do Governo de Transição de São Tomé e Príncipe, Leonel Mário d’Alva, acaba de lançar em São Tomé, a sua primeira obra literária intitulada “O Meu Percurso – Génese de uma Nação no Centro da Terra”.
Trata-se de um livro de memórias, onde o autor aborda o seu percurso enquanto independentistas visando a Independência de São Tomé e Príncipe que foi objecto de um acordo com antiga potência colonizadora, Portugal, em Argel (Argélia), e de alguns dos países africanos que também aspiravam pela sua independência.
Leonel Mário d’Alva que não se dá por satisfeito com esta primeira obra anunciou, sexta-feira, que brevemente vai publicar uma outra obra onde vai abordar a sua trajetória durante a governação na chamada “Primeira República”.
Sublinha-se que Leonel Mário d’Alva, à luz deste acordo com a parte portuguesa, conduziu a delegação do MLSTP a 21 de Dezembro de 1974 e que viria a ser o primeiro-ministro do Governo de Transição preparando caminho para a proclamação da Independência a 12 de Julho 1975.
“Eu conto mais ou menos a história do meu trajecto durante a luta pela Independência de São Tomé e Príncipe”, disse acrescentando que “enquadrada na independência de África, […] depois da independência do Gana e da Guiné-Bissau, os países africanos todos”.
Para Albertino Bragança, apresentador da obra, trata-se de um livro bastante importante para a nova geração, nomeadamente os jovens para se inteirarem da história de São Tomé Príncipe.
Leonel Mário d’Alva, além de ministro dos Negócios Estrangeiros, ministro da Cooperação Económica e Administração Interna, da Cooperação foi, também presidente da Assembleia Nacional assim como ministro da Educação.
Recorde-se que numa ruptura com o MLSTP, em 1979, quando era secretário-geral adjunto, exilar-se-ia em Cabo Verde, para depois regressar ao país em 1990 onde viria a ser o presidente do Partido da Convergência Democrática (PCD) que viria a ganhar as primeiras eleições democráticas com maioria absoluta (33 Deputados), realizadas no país pós referendo para a democracia multipartidária.
Sublinha-se que a mesma obra literária foi, igualmente, primeiro lançada em Lisboa para depois chegar a São Tomé e Príncipe.
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