São Tomé, 31 Mai 2024 (STP-Press) – O primeiro-ministro, Patrice Trovoada, disse ontem que “não é novidade para ninguém” a informação avançada pelo chefe da missão do Fundo Monetário Internacional, FMI,  Slavi Slavov, de que “São Tomé e Príncipe não tem dinheiro para importar bens necessários”.

O chefe do Governo fez a declaração, ontem à noite, no Aeroporto Internacional Nuno Xavier, quando regressava de uma missão que o conduziu a Portugal e a Venezuela.

“Eu ouvi aí algumas declarações de que o país não tem dinheiro para importar, que o país está cheio de dívidas, …. bem, eu quero dizer uma coisa: Este país não tem dinheiro para importar desde que cheguei ao poder, o ADI, enfim, este novo governo, o país já não tinha dinheiro para importar, por isso, não é novidade para ninguém”, afirmou Patrice Trovoada.

E reagindo às dividas, o primeiro-ministro recordou que “o país tem dívida sim, que também não é novidade! É preciso saber se é boa divida ou má dívida”, interrogou, esclarecendo que “o governo tem assegurado cerca de 5 milhões de dólares em salários mensalmente, cerca de 11 milhões de euros trimestrais em combustíveis, não obstante a carência da divisa bem como a inexistência de ajuda internacional”.

Quanto às constatações do FMI, o primeiro-ministro são-tomense disse que “o FMI faz constatações, mas nós estamos no real a lidar com uma situação que é extremamente complicada, … nós estamos a lidar com ela, e espero que o FMI nos traga soluções”, apontou.

“Nós vamos tentar discutir com eles e ver se as soluções são aceitáveis para nós, porque, na última instância o que importa são os são-tomenses e o povo são-tomense”, disse Patrice Trovoada, contrariando as recomendações do FMI para o aumento de preços.

“As soluções fáceis de aumentar o preço de combustíveis, aumentar o preço de electricidade, aumentar o IVA, não estamos de acordo. Estamos a lidar com pessoas, não com números. Eu tenho responsabilidade de tomar conta das pessoas e vai ser assim a discussão”, sublinhou.

“A delegação do FMI está cá, porque nós manifestamos já desde o mês de Abril a nossa vontade de renegociarmos um novo acordo, por isso, vieram. Eu vou os receber um dia desses e não vai haver por enquanto condições para se assinar um acordo. Esta é uma missão técnica para recolha de dados e informações visando elaborar recomendações para proposta e contrapropostas”, referiu Patrice Trovoada, a propósito da missão do FMI que ainda se encontra no país chefiada por Slavi Slavov.

Fim/RN

 

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