São-Tomé, 11 Mai 2024 (STP-Press) – Decorre em São Tomé a edição 2024 dos exercícios navais Obangame Express 2024, iniciada na sexta-feira (10) e que termina na quarta (15), com presença de militares da Guarda Costeira, fuzileiros navais e comandos militares de Portugal, através do navio patrulha Centauro, Estados Unidos da América e Holanda.
Desta vez, os exercícios militares não puderam contar com participação dos países da região do Golfo da Guiné, em virtude de também estar a decorrer, em simultâneo, os mesmos exercícios, desta vez, no país de acolhimento, o Gabão, com participação de todos os Estados da região, e em que São Tomé e Príncipe participa com dois elementos.
A abertura dos exercícios foi feita pelo primeiro-ministro, Patrice Trovoada, que reafirmou que São Tomé e Príncipe está engajado em continuar a dar a sua contribuição para a segurança global.
“Eu quero reafirmar aqui também o engajamento do governo de São-tomé e Príncipe continuar a dar a sua quota-parte na segurança global, a defesa daquilo que são os nossos princípios, a defesa da aquilo que são os nossos recursos e recursos que partilharmos com outros para o bem não só do continente, mas de toda humanidade”, sublinhou Patrice Trovoada.
O primeiro-ministro disse que espera que depois de mais um exercício, “a nossa capacidade operacional, a nossa capacidade de reacção, de coordenação, quer com serviços internos, quer com os parceiros regionais, internacionais fique melhor”.
O comandante da Guarda Costeira, Armindo Rodrigues, apontou a pesca ilegal, pirataria marítima, roubo no mar, roubo à mão armada, poluição marítima, contrabando de mercadorias e outros actos ilícitos no mar como “risco acrescido à economia de São Tomé e Príncipe”
E de modo a pôr cobro a este risco acrescido, o coronel Armindo Rodrigues adiantou que o exercício Obangame Express 2024 permite “não só a São Tomé e Príncipe, como para a cooperação regional e internacional, garantir a segurança marítima e reduzir as ameaças ao ponto que não constituem preocupação”.
O comandante da Guarda Costeira disse ainda que todos os crimes-marítimos, geralmente apresentam componentes transfronteiriços, por isso, torna-se necessário o estabelecimento de normais legais que permitam apreender e apresentar os infractores às autoridades judiciais competentes.
Referiu igualmente que é preciso a criação de infraestruturas que permitam a Guarda Costeira cumprir a sua missão fundamental que é a manutenção da autoridade de Estado no mar, de forma a garantir a liberdade de navegação, o comercio livre de ameaças, riscos, e consequentemente o desenvolvimento sustentável para o bem das populações, concluiu o coronel Armindo Rodrigues.
Fim/RN