São Tomé, 08 Mai 2024 (STP-Press) – A capital são-tomense acolhe desde terça-feira, o III Simpósio de Língua Portuguesa sob o lema “Desenvolvimento de Materiais Didáticos: Reflexões, Práticas e Desafios, destinado a formação de professores de língua portuguesa em São Tomé e Príncipe.
O evento com término previsto para quinta-feira, dia 09, é uma iniciativa do Departamento de Linguística da Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade de São Tomé e Príncipe, em parceria com o Instituto Brasileiro Guimarães Rosa, da embaixada do Brasil em São Tomé, e com a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, por ocasião da semana mundial da língua portuguesa e da cultura na CPLP assinalado no dia 5 de Maio.
Na sua intervenção, a reitora da Universidade de São Tomé e Príncipe, Helgar Aguiar, sublinhou que “a nossa meta final é clara”: “Fortalecer a Formação de Professores e Educadores” e consequentemente oferecer uma educação de qualidade aos “nossos alunos”.
“A língua portuguesa é o tesouro cultural que merece ser valorizado e transmitido com excelência”, considerou a reitora.
A reitora da Universidade de São Tomé e Príncipe destacou a importância da qualidade de materiais utilizados na sala de aula no processo de aprendizagem, e sublinhou, por isso, ser crucial “refletirmos sobre práticas existentes, identificarmos os desafios enfrentados e explorarmos novas abordagens para desenvolvimento de materiais didáticos eficazes”.
Por seu lado, a supervisora da Secretaria do Ensino Secundário, Helena Afonso, considerou que investir na formação não significa, contudo, apenas inscrever-se numa instituição superior de ensino e comparecer na sala de aulas “quando puder e quando der jeito”, sustentanto que os jovens “estão em constante mudança para acompanharem o ritmo do novo mundo”, o que demonstra “quanto é necessário que os professores estejam sempre a aprender e a adaptar-se para acompanhar essa realidade”.
Já o chefe adjunto da embaixada de Portugal em São Tomé, António Gomes, referiu-se a importância da língua portuguesa no mundo, sublinhando que “onde existem milhares de línguas, o português destaca-se como a língua de mais 270 milhões de pessoas, sendo a mais falada no hemisfério sul, …as economias combinadas da CPLP valem 3,6% das riquezas totais do mundo,.. 5,4 % do global das plataformas marítimas, e em 2050 estima-se que “possamos” chegar a 300 milhões de falantes”.
O simpósio conta com a presença e participação de vários professores, investigadores e catedráticos da Universidade Nova de Lisboa, Portugal, da Universidade de Campinas, Universidade Federal de Paraná, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Universidade Federal da Bahia, todos do Brasil, assim como professores e investigadores convidados da Universidade de Helsínquia, Finlândia, do Instituto Superior de Engenharia do Porto e do Laboratório da Universidade de Coimbra, ambos de Portugal.
Fim/RN