São-Tomé, 07 Mai 2024 (STP-Press) – São Tomé e Príncipe assumiu hoje a presidência “pro-tempore” dos ministros da Cultura da CPLP, tendo a ministra são-tomense, Isabel Abreu, recebido a pasta das mãos do seu homólogo de Angola, Filipe Silvino Zau, esta manhã, na abertura da 13ª Reunião dos Ministros da Cultura da comunidade.

No seu discurso, Isabel Abreu sublinhou que, “além de a cultura ser um elemento de união e pacificação entre os povos, funcionando como meio de identificação e até de comunicação, ela é cada vez mais utilizada para a criação de empresas e dinamização de actividades económicas, capazes de garantir a produção de bens e serviços no quadro de mercado mundial”.

Isabel Abreu esclareceu que se refere à energia de indústrias criativas e culturais e a necessidade de se apropriar dessa temática, que abarca o conjunto de actividades, desde os produtos tradicionais (o artesanato) a sectores de tecnologia de ponta, incluindo, software, jogos electrónicos, envolvendo, todo o apanágio da cultura, nomeadamente, as manifestações culturais, as artes cénicas e cinematográficas, a literatura, musica, dança, dentre outras.

“Num mundo cada vez mais globalizado é urgente e prioritário que adotemos políticas facilitadoras de mobilidade de autores culturais para a sustentabilidade do multilateralismo,  contribuindo para a maior coesão, conhecimento mútuo e desenvolvimento económico dos povos desta comunidade” – salientou a ministra da Educação, Cultura e Ciência de São Tomé e Príncipe.

Para o ministro da Cultura da Angola, Filipe Silvino Zau, “a capital da cultura da CPLP constitui um verdadeiro espaço de exaltação da diversidade cultural dos povos da comunidade, e nesta ordem de ideias, as trocas culturais representam uma oportunidade para a circulação de agentes, bens e serviços”.

O ministro angolano recomendeu ao secretariado executivo da organização que, em articulação com os pontos focais da cultura dos países membros, trabalhe no sentido de apresentar a próxima presidência uma proposta de referência para a promoção de cooperação multilateral no domínio das políticas públicas culturais para desenvolvimento sustentável da CPLP.

Por sua vez, o secretário executivo da CPLP, Zacarias da Costa, destacou também o facto de a  cultura constituir um vector de cooperação multilateral e estratégico, incontornável pelo contributo directo e indirecto que presta ao desenvolvimento socioeconómico sustentável dos Estados membros.

“A língua portuguesa e a cultura constituem vectores estruturantes da edificação da CPLP, que desde 1996 tem procurado promover a diversidade cultural como um factor de diálogo, aproximação e coesão entre os Estados membros, promoção de potencial económico das indústrias culturais e criativas e do fortalecimento dos laços históricos que unem como uma comunidade de países e dos povos” referiu Zacarias da Costa.

Fim/RN

 

 

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