São-Tomé, 03 Fev. 2024 ( STP-Press ) – O Presidente da República, Carlos Vila Nova presidiu esta manhã, em Fernão Dias, distrito Lobata, o acto central de 03 de Fevereiro, Dia  dos mártires da liberdade, tendo apontado as mentiras e intrigas como principais causas deste massacre de 1953.

Em declarações a imprensa no final da cerimónia, Presidente Carlos Vila Nova disse que “foi pura e simplesmente na base de mentiras e intrigas que motivaram o governador [colonial português] na sua procura de mão-de-obra a recorrer as rusgas e através das rusgas, começar o então derramamento de sangue [o massacre de 1953] ”.

“Quando nós não temos certeza de uma coisa, nós preferíamos ou procuramos sabê-la antes de entrarmos por ai para que tudo se faça na concórdia…” – acrescentou o Presidente da República, num claro alerta a atual sociedade face a influência da mentira e da intriga nos acontecimentos de 1953.

“E os exemplos da aqueles que perderam vida, tristemente, de forma bruta e com maldade que, nos sirva de exemplo para que construamos um futuro de paz, de harmonia, congregados nós seremos capazes de mudar para o bem o destino de São Tomé e Príncipe”, adiantou Carlos Vila Nova.  

Em declarações a imprensa, a Presidente do Parlamento são-tomense, Celmira Sacramento considerou tratar-se de “uma singela actividade, mas de uma elevada consideração, sobretudo, para nós os são-tomenses, pela nossa história”.

“Hoje o tempo estava ameaçado, logo pela manhã, mas mesmo assim, tivemos uma moldura razoável de jovens, de pessoas que marcharam até aqui [Praia Fernão Dias, distrito de Lobata] para juntos levarmos esta homenagem aos nossos mártires da liberdade”, adiantou a presidente do Parlamento.

 Em breves declarações a imprensa, o primeiro-ministro, Patrice Trovoada disse que “é sempre uma alegria ver afluência das pessoas, sobretudo, a juventude que não deixa de marchar. É um sinal positivo e, que a os jovens continuam a preservar a memória, a nossa identidade, o espirito de luta e respeitar também aqueles que deram vida pela independência”

“Estamos convicto que a juventude, sobretudo, está mobilizada, nacionalista, patriótica, isso é que é importante para o futuro do país”, adiantou o Chefe do Governo são-tomense.

Na Praia Fernão Dias, no distrito de Lobata, tudo começou logo após a chagada ao local da tradicional marcha da liberdade que partiu da cidade capital de São Tomé até ao local, onde por voltas das 10 horas, Presidente da República, Carlos Vila Nova deu início a cerimónia através de deposição de coroa de flores seguindo-se depois de sessões de oração de cânticos religiosos.

Além do acto central desta manhã na praia Fernão Dias, este 71º aniversário do massacre de 1953 foi também marcado ao longo da semana por várias actividades culturais e politicas sobre 3 de Fevereiro de 1953, a data relevante na história da luta de libertação nacional no arquipélago.

A data simboliza a determinação, o patriotismo e coragem de muitos compatriotas são-tomenses que contribuíram com ações de revolta, outros com a própria vida, para a germinação da liberdade, tendo como prelúdio os acontecimentos do histórico 3 de Fevereiro de 1953, que culminou no dia 12 de Julho de 1975, com a proclamação da Independência Nacional de São-Tomé e Príncipe.

Fim/RN

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