São Tomé, 22 Nov. 2023 ( STP-Press) – Um artigo do jornalista  françês Jacques Leroueil publicado na revista Forbes Afrique dá conta de que o Burundi e São Tomé e Príncipe se tornaram, respectivamente, o 41º e 42º membros da Corporação Financeira Africana, sigla em inglês AFC “Africa Finance Corporation”.

A adesão dos dois países foi impulsionada pelo Banco Africano de Desenvolvimento, BAD, segundo um artigo da revista, referindo-se aos votos de “boas-vindas” da CEO da organização,  Samaila Zubairu.

“Dou as boas-vindas a São Tomé e Príncipe e ao Burundi à comunidade da AFC. Estou ansiosa para continuar a estreita colaboração com os governos destes dois países a fim de contribuir para o seu desenvolvimento económico e industrialização”, lê-se na nota.  

A adesão leva os dois países a beneficiarem dos mais de 16 mil milhões de dólares que tem a AFC para os mais diversos projectos de desenvolvimento, alguns já em curso em 35 países africanos.

Quanto aos sectores que a corporação mais aposta, estes vão desde a indústria pesada até às cadeias logísticas, incluindo tecnologias de informação e comunicação. O setor energético, no entanto, continua a ser o principal beneficiário do AFC, particularmente, no segmento das energias renováveis. 

Referindo-se aos dois mais recentes membros, a CEO da AFC disse que está convencida de que “trabalhando em conjunto identificaremos rapidamente projectos que se revelarão transformadores ao promoverem a substituição de importações, a disponibilização de valor, a criação de emprego e a valorização da abundante riqueza natural dos dois países”.

Criada em 2007, com um capital de mil milhões de dólares, a AFC é uma importante instituição financeira africana que visa, principalmente, o desenvolvimento do sector privado, particularmente, as infraestruturas. No final de 2022, a AFC tinha US$ 10,5 bilhões em activos, um montante que aumentou 23% em relação a 2021. No total, a instituição, que aplica em média 1,2 mil milhões de dólares por ano no continente, em capital ou dívida, comprometeu-se a desenvolver projectos no valor de 16 mil milhões de dólares em 35 países africanos. A organização tem uma classificação favorável de investimento A3 no índice da Moody’s, o suficiente para permitir que beneficie de um acesso mais fácil aos mercados financeiros e a custos mais baixos.

A AFC tem como accionistas, o Banco Central do Níger, que detém 38% do capital, seguido por vários outros grandes accionistas como o African Reinsurance Company, o Banco Africano de Desenvolvimento e os grupos bancários Ecobank e United Bank for Africa.

Fim/Forbes Afrique/MF

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