São-Tomé, 21 Nov. 2023 ( STP-Press ) – O deputado Ekeneide dos Santos da bancada do ADI no poder defendeu há dias no Parlamento que o fluxo de migração que se tem registado nos últimos tempos no País, sobretudo, dos jovens, tem o seu “ponto positivo”, uma vez que “ a maioria das pessoas que sustentam suas famílias aqui em São Tomé e Príncipe está fora do País”.
“Para quem presta atenção, para quem tem família fora de São Tomé e Príncipe, a maioria das pessoas que sustentam suas família aqui em São Tomé e Príncipe está fora, então isto também tem um ponto positivo para São Tomé e Príncipe”, – defendeu o deputado Ekeneide dos Santos com aplauso dos colegas da bancada do ADI.
Ekeneide dos Santos sublinhou que “mesmo nós que vamos a Portugal procurar melhores condições de vida que eu acho natural, nenhum dirigente não pode vir dizer aqui que as pessoas não vão a procurar emprego noutros países porque aqui em São Tomé e Príncipe não há emprego para toda gente”.
“As pessoas estão a dizer, são-tomenses estão a viajar, eu quer que as pessoas saibam, Angola tem ouro, tem diamante, tem petróleo. Brasil tem ouro, tem petróleo, tem diamante, tem minério, tem tudo. Portugal tem tudo, São Tomé e Príncipe número de pessoas que viajam vão comparar com aquilo que está a sair de Angola, Brasil e Portugal”, argumentou o deputado.
Ekeide dos Santos disse que “Portugal tem muitos portugueses que não vivem em Portugal, por isso, esta questão minha gente não vamos olhar como politiquice, deixa cada um escolher onde se sente melhor, o importante é cada são-tomense sentir-se melhor, seja lá onde estiver”.
“Como é que podemos vir dizer que as pessoas não vão atras de melhores condições de vida, pelo contrário as pessoas dizem que isto não beneficia São Tomé e Príncipe, eu vejo da outra parte”, acrescentou, o deputado do ADI, partido que sustenta o governo.
Estas declarações de Ekeneide dos Santos surgiram na sequência de intervenções feitas por alguns deputados da bancada oposição dando conta que muitos cidadãos são-tomenses, sobretudo, jovens estariam a fugir do País por alegado aumento do custo de vida, falta de emprego, saúde, perseguição e perda de esperança no desenvolvimento do País.
Fim/RN