São-Tomé, 19 Set 2023 ( STP-Press ) – A ministra dos Direitos da Mulher, Maria Delgado, presidiu hoje o acto central de mais um 19 de setembro, dia da mulher são-tomense e prometeu “tudo fazer para que os direitos da mulher sejam salvaguardados”.
No seu discurso esta manhã na Praça Yon Gato, no centro da capital de São Tomé, Maria Delgado sublinhou que “na qualidade de ministra dos Direitos da Mulher prometo tudo fazer para que os direitos da mulher sejam salvaguardados”.
“Pois, a superioridade numérica da mulher na sociedade são-tomense não somente deve conferir-lhe a legitimidade de agir, mas também ter uma participação mais activa na sociedade, com base no princípio da igualdade, proporcionalidade e representatividade”, argumentou a ministra.
A governante acrescentou que “estou convicta que com a união de todas as mulheres podemos contribuir de forma resiliente e inclusiva para o desenvolvimento de São Tomé Príncipe, tendo como prioridade o combate a pobreza, onde o rosto feminino ocupa, sem dúvidas um lugar de relevo”.
Para Maria Delgado “vários são os desafios que a mulher são-tomense tem pela frente, nomeadamente, o de vencer a pobreza, o VIH/SIDA, a malária, a discriminação social, a violência doméstica, o abuso sexual de menores, a iliteracia, a falta de oportunidade, a autoestima, dependência de pensar e agir, dependência financeira, a desigualdade de género bem como os efeitos nefastos decorrentes da pandemia da Covid-19 e do flagelo da guerra Rússia/Ucrânia”.
“No que tange a representatividade da mulher na política, ainda há um longo caminho a percorrer na medida em que esse debate se encontra muito distante do desejado, pelo que deve ser retomado de forma organizada, com módulos próprios propensos à criação de factos políticos passíveis de despoletar debates, capazes de alavancar o peso e a visão real das mulheres na sociedade em geral” – adiantou a ministra.
Maria Delgado sublinhou que “quarenta e nove anos depois, recordamos mais uma vez o 19 de Setembro de 1974 em que as mulheres anónimas de São Tomé e Príncipe, verdadeiras guerreiras, que unidas numa só voz de forma corajosa, decidida e empenhada saíram as ruas da capital e manifestaram-se até ao palácio dando um sinal claro ao então governo colonial português da necessidade do reconhecimento urgente do direito do nosso território à independência Nacional”.
“Celebremos, pois, com verdadeiro espírito de unidade, reflexão permanente e sentido crítico, esta data tão importante para as mulheres são-tomenses, na perspectiva da construção de uma Nação que aspiramos ardentemente de paz, estabilidade, progresso, justiça e bem-estar social, tanto para as presentes como futuras gerações”, disse a ministra.
Após a sessão de discursos, seguiram-se depois várias actividades culturais e recreativas incluindo palestra, gastronomia entre outras atrações que brilharam a praça em frente ao palácio do governo.
Fim/RN