São-Tomé, 24 Jun 2023 (STP-Press) – O Palácio dos Congressos acolheu na sexta-feira (23), o Fórum da Associação dos Jovens Agricultores de Portugal (AJAP), sob o lema Qualidade, Inovação e Sustentabilidade Agro-alimentar.
O acto foi presidido pelo primeiro-ministro e chefe do Governo, Patrice Trovoada, em companhia do director-geral da associação, o engº Firmino Cordeiro, e contou com a participação de destacadas personalidades do ramo do agro-negócios, empresários, políticos, diplomatas, professores universitários e muitos convidados, entre portugueses e são-tomenses, com destaque para o antigo primeiro-ministro português e antigo presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso.
À margem do evento, realizou-se no sábado (24), uma feira gastronómica, na praça Yon Gato, com degustação de produtos de qualidade portugueses à base de lacticínios e transformados de carne e mel.
Na sua intervenção no dia de abertura, o primeiro-ministro são-tomense defendeu que é um imperativo que a juventude acredite na agricultura por ser um elemento central.
“É imperativo, sobretudo, num país como São Tomé e Príncipe, que a juventude acredite na agricultura… De facto, no nosso país, a agricultura é um elemento central, não só porque este sector primário emprega maioria da população, mas pelo facto de a agricultura estar ligada a certos números de elementos, segurança alimentar, exportações e até ao turismo”, afirmou o primeiro-ministro.
Patrice Trovoada acentuou no seu discurso, as demais potencialidades do continente africano, nomeadamente, as terras para produção, a hidrografia, a população jovem, riquezas minerais, o meio ambiente, etc, exortando a todos os africanos, quer no continente como na diáspora, a creditar em si mesmo, porque diz, “somos capazes”, instando, particularmente, a juventude, que existem iniciativas e oportunidades que “poderão melhorar a sua vida e construir o futuro”.
Caracterizando o contexto agrícola nacional, no que concerne à produção e exportação do cacau, por exemplo, o primeiro-ministro desafiou os produtores e exportadores a trabalharem não só na qualidade, mas na exclusividade e outros valores.
Segundo o primeiro-ministro, “três mil toneladas de um produto de qualidade não pesa muito”, comparado com a produção e exportação de dois milhões de toneladas da Costa de Marfim e mais de um milhão do Gana.
“Mas se o único sítio do mundo para comer Chocolate de São Tomé e Príncipe é em São Tomé e Príncipe, então, tem-se que vir cá comer o chocolate exclusivo de São Tomé e Príncipe”, referiu Patrice Trovoada.
“Acredito que ganhamos muito mais dinheiro, se trouxermos as pessoas para consumir um produto exclusivo em São Tomé e Príncipe”, frisou.
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