São-Tomé, 12 Mai 2023 (STP-Press) – O director do Comércio, Fernando Amadeu,  garantiu hoje, numa entrevista à Radio Nacional, “mercado estável já a partir de Junho, para fazer face à especulação de preços, tendo anunciado para segunda-feira (15) a chegada do açúcar e para quarta-feira (17) a chegada de farinha de trigo.  

Ao todo, segundo Amadeu, para minimizar a falta desses dois produtos, “está prevista a chegada de 250 toneladas do açúcar e provavelmente a chegada de farinha de trigo no dia 17, e no dia 27 as outras quantidades do açúcar e da farinha”.    

Questionado para quando a estabilização do mercado, face à escassez de muitos produtos da cesta básica e o aproveitamento oportunista da situação, o director do Comércio disse que espera que a partir de junho a situação possa estar estável.  

“A partir de junho, assim que houver o Orçamento Geral de Estado, haverá também a diminuição das taxas dos produtos da cesta básica que serão de zero %, logo, claro, que os produtos vão ter de baixar de preço porque não haverão custos acrescidos, devido à isenção das taxas e impostos aduaneiros sobre os produtos da primeira necessidade”, adiantou.  

Amadeu desmentiu também o cenário de escassez do sal e da cebola, porque segundo diz “a situação de ambos o produto se deve a “algum açambarcamento” e o aproveitamento oportunista para especulação de preços, tendo em conta que os dois produtos chegaram há pouco menos de vinte dias ao país”.  

“A tendência dos comerciantes é quando não há, é especular,… mas havendo uma regulamentação na questão das vendas e havendo sempre uma reposição de stocks mensal ou trimestral o mercado fica estável, … o grande problema do nosso mercado são as periferias, onde os produtos são mais caros…”, esclareceu.  

“Embora o mercado seja pequeno, é complexo, e não tendo uma cadeia de distribuição alimentar eficaz, o custo do transporte, o custo de armazenamento, o custo até de compras a retalho, até chegar à população, chega mais caro”, disse Amadeu.  

Para inverter a situação, o director do Comércio anunciou que tem em carteira a criação de armazéns nos locais, por exemplo, como na Região Autónoma do Príncipe, onde o governo prevê construir um pólo, e a ideia é construir nos distritos fora da capital.  

Fernando Amadeu diz, por fim, que a escassez de alguns produtos da cesta básica ou de quase todos, deve-se também ao facto de “os níveis das reservas cambiais estarem abaixo do patrão exigido” e que “mesmo no próprio mercado português, a estocagem interna tem estado a diminuir. “Neste momento duas fábricas de açúcar em Portugal não têm grandes sctoks para também fornecer aos terceiros o que aconteceu também com o sal”, concluiu.      

Fim/RN,MF  

DEIXE UM COMENTÁRIO

Digite seu comentário!
Seu nome