São Tomé, 03 Mai 2023 (STP-Press) – O primeiro-ministro afirmou ontem que feirantes do mercado de Cocô-Cocô, no centro da capital, vão ser transferidos, por questões de segurança, para o de Bobo-Forrô.
Patrice Trovoada anunciou a decisão na visita que fez na manhã de ontem (02) ao mercado de Bobô Forrô, onde, entre outros aspectos, criticou o modo como a insfraestrutura foi feita, o processo de transferência dos feirantes e prometeu, junto ao Ministério das Infraestruturas e com as autarquias de Mé Zóchi e de Água Grande e com a colaboração dos próprios feirantes e de todos, resolver “paulatinamente” a situação.
Tendo revelado deficiências de construção nos esgotos, sargetas, coberturas, casas de banhos e noutros compartimentos, inexistência do muro de vedação, avaria nos frigoríficos, o primeiro-ministro disse mesmo que “esse mercado [Bobo-Forrô] tem muitos problemas de infraestrutura que temos que consertar”.
“As obras de construção do mercado de Bobô-Forrô, entre 2020-2021, rondaram 1,7 milhões de euros, e eu acho que o mercado deveria estar muito melhor”, referiu Trovoada, para acrescentar que “há muitas obras que foram lançadas em 2020-2021, algumas delas pagas a 100%, outras pagas a 70% outras pagas a 72%, e só uma que está paga a 32%; agora nós temos que ver onde é que estão estas obras”.
Quanto ao mercado de Cocô-Cocô, o chefe do Executivo adiantou que “nós temos de ir lá e começar a falar com eles para dar prazo para sair, e esse prazo não pode ser muito longo, porque as pessoas de Cocô-Cocô estão a correr perigo, amanhã quando o mercado cair vão dizer, governo, governo, governo…, por isso, temos que ir explicar para o bem delas, que, por razões de segurança, já não podem ficar em Cocô-Cocô, têm de vir cá para cima, porque não é admissível que esse mercado [Bobo-Forrô] quando chega às 10h30min já não se vê mais ninguém…”.
Patrice Trovoada também aproveitou para falar da concorrência desleal, dos altos preços dos produtos alimentares, “que cada um dá como quiser” e que há necessidade de rever o mercado das vendas, o mercado de comércio em São Tomé e Príncipe: “não é normal que lá na cidade, há lojas que estão a vender o mesmo produto que vocês, não vou citar nomes, mas, vocês sabem”.
Quantos aos altos preços dos produtos básicos, o primeiro-ministro lembrou as medidas que o seu executivo adoptou recentemente para conter o alto custo de vida, como a isenção dos impostos para produtos como o arroz, açúcar, sal, óleo, sabão, leite, farinha, e que brevemente vai também baixar o preço do adubo para que os produtos hortícolas sejam mais baratos. Por outro lado, o primeiro-ministro falou da melhoria das estradas e pistas rurais que dão acesso às principais vias de circulação, para facilitar o escoamento dos produtos entre as comunidades produtoras e os centros de venda.
Fim/RN,MF