São Tomé, 28 Abr 2023 (STP-Press) – O Presidente da República, Carlos Vila Nova, disse quinta-feira que não revelou o relatório da CEEAC sobre os acontecimentos de 25 de Novembro, por ter carácter secreto, conforme também havia dito o primeiro-ministro no Debate de Urgência.  

“Eu não posso pôr na praça pública algo que é confidencial e que é preliminar”, afirmou Carlos Vila Nova, quando abordado pela imprensa, face às críticas e reclamações do MLSTP/PSD, pela demora da divulgação do relatório.  

Carlos Vila Nova explicou que “há, de facto, um relatório, na sequência dos acontecimentos de 25 de Novembro, que me foi entregue à margem da Cimeira de Kinshasa e uma cópia foi entregue ao Chefe de Estado do país anfitrião, que é o presidente Tshisekedi, mas, tratando-se de um relatório preliminar, confidencial, sujeito ao contraditório, ele não pode ser divulgado, é um assunto de Estado”.  

O Chefe de Estado são-tomense explicou ainda que “a Comissão Executiva [da CEEAC] não tutela os Estados membros, a Comissão Executiva é uma emanação dos Estados membros, isto quer dizer que qualquer decisão que se tome a nível da CEEAC, tem que ser tomada pelos Chefes de Estado representantes dos países”.  

O esclarecimento do Presidente da República surge um depois do primeiro-ministro ter dito o mesmo no parlamento, respondendo ao MLSTP/PSD, que convocou o Debate de Urgência, exigindo respostas do governo sobre a não divulgação do relatório e outras questões a volta dos mesmos acontecimentos. 

Patrice Trovoada havia respondido que “o relatório da CEEAC é de índole sigilosa, destinando única e exclusivamente ao presidente Carlos Vila Nova, a ele próprio, na qualidade de primeiro-ministro, e ao presidente em exercício da Comunidade Económica dos Estados da África Central”.  

Fim/RN,MF

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