São Tomé, 27 Abr 2023 (STP-Press) – A capital são-tomense acolhe desde hoje (27) a reunião dos chefes de Estado-Maior-General das Forças Armadas (CEMGFA) da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). A cooperação militar entre os Estados-membros, a questão da segurança no Golfo da Guiné e as questões militares e da defesa e segurança de cada um dos Estados estão em análise nesta 24.ª reunião, que termina amanhã, sexta-feira (28), no fim da qual, São Tomé e Príncipe assumirá a presidência que é detida por Timor Leste.  

O Presidente da República, Carlos Vila Nova, que presidiu a abertura, afirmou que São Tomé e Príncipe atribui grande importância à cooperação e aos “estreitamentos” das relações, no domínio da defesa, entre os países da CPLP, e lembrou que o “protocolo de cooperação entre os Estados-membros, no domínio da defesa, aprovado na cidade da Praia, em 2006, tem como principais competências, entre outras, apreciar a evolução das questões da defesa nos Estados-membros, analisar as questões internacionais e as implicações político-militares no contexto regional”.  

O Presidente da República pronunciou-se sobre a questão da pirataria marítima no Golfo da Guiné, Carlos Vila Nova afirmou que “no contexto de múltiplos desafios securitários, o Atlântico destaca-se como um estado privilegiado de relevância geoestratégica, com um especial enfoco para o Golfo da Guiné, onde recentemente ocorreram acções de pirataria contra navios petroleiros, em que os seus tripulantes foram feitos reféns”, num claro aviso para a necessidade de maior cooperação dos Estados da CPLP com São Tomé e Príncipe, devido a sua localização geográfica, a insularidade e necessidades.  

O Tenente-General, Domingos Raul “Falur Rate Laek”, em representação do chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas de Timor-Leste, interveio e disse que “estou aqui para estender os cumprimentos de povo timorense para com o povo irmão são-tomense, e testemunhar essa passagem da presidência de Timor-Leste para São Tomé e Príncipe e desejar êxito e sucesso”.  

O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas são-tomenses, o Coronel João Pedro Cravid, saudou a presença das distintas representações militares, “o que justifica o comprometimento de São Tomé e Príncipe na realização do evento”, e que, como anfitrião, “enfatiza a determinação, o empenho e a preocupação em assegurar que as medidas que se mostrarem necessárias para a implementação das deliberações serão tomadas”.  

Fim/JS

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