São Tomé, 20 Abril 2023 (STP-Press) – O Governo, através do ministro da Saúde, Célsio Junqueira, diz que se abre ao diálogo com os sindicatos dos diferentes sectores da saúde para evitar a paralisação do sector, embora considera que a anunciada greve geral tem “fundamentos políticos”, porque se baseia, sobretudo, em situações que herdou do executivo anterior.
Segundo o ministro, “do ponto de vista racional, nós não conhecemos nenhum governo que tem a varinha mágica para recuperar a degradação de um sector que vem acontecendo há quatro anos e com as situações todas resultantes da Covid-19, que o próprio anterior executivo justificou para não conseguir… e nós que herdamos isso no contexto em que estamos, não entendemos o porquê de a greve ser uma solução para esses problemas”.
No entanto, avança o ministro que, “nós, o Governo, estamos dispostos, como qualquer Governo responsável, temos quatro anos de mandato e contamos resolver boa parte dos problemas que são levantados, mas com ajuda de todos, não desse ponto de vista de greve”.
Segundo Célsio Junqueira, no conjunto das sete reivindicações, o Ministério da Saúde já está a resolver o primeiro ponto, e está a trabalhar na “aquisição de materiais, consumíveis, medicamentos, reagentes e melhoria de atendimento à população”. Quanto a outras questões reivindicadas pelos sindicatos “são pontos que têm que ver com o Orçamento Geral do Estado, com a evolução económica do país”.
“A questão de 100% de salário de base aos profissionais de saúde é uma questão que temos de fazer cálculos e rever se é possível agora, e em que contexto económico. Os outros pontos, dentro do mantado de uma legislatura, pode-se chegar a pelo menos 40 ou 50% de solução”, esclareceu o ministro Celsio Junqueira.
Por fim, afirma o ministro “eu, pelo menos, fico com a sensação e creio que o Governo também, que esta greve tem fundamentos políticos, porque a substância da greve tem algo de novo que nós não tivéssemos constatado”.
Recorde-se que ontem, 19, os líderes dos diferentes sindicados de saúde rubricaram um ofício, que foi distribuído a todos os órgãos de comunicação social, sobre um pré-aviso de greve geral, submetido ao ministro da saúde, Trabalho e Assuntos Sociais.
Fim/RN