São Tomé, 17 Abril 2023 (STP-Press) – O primeiro-ministro, Patrice Trovoada, prometeu trabalhar para melhorar o acesso dos cegos e amblíopes aos serviços públicos, reduzir os custos com a saúde e a adopção de mecanismos para garantir a inclusão e autonomia destes na sociedade.
O primeiro-ministro fez a promessa quando presidia, na semana finda, o encerramento das actividades comemorativas dos 30 anos da ACASTEP – Associação dos Cegos e Amblíopes de São Tomé e Príncipe.
“O que temos de fazer é trabalhar naquilo que são os mecanismos de inclusão que permitem autonomia, sobretudo, a possibilidade de terem rendimentos, é possível, com a vontade de nós todos, tirarmos proveito da capacidade contributiva de todos, quer os que veem, quer os que não veem, e há coisas que são mais rápidas a resolver. Por exemplo, dentro de mais alguns meses, em interação com Ministério da Saúde e dos Assuntos Socias, poderemos, de facto, resolver no diz respeito, sobretudo, ao acesso aos serviços públicos, ao custo que muita das vezes representa esse acesso aos serviços públicos”, realçou Patrice Trovoada.
Outro assunto que o primeiro-ministro lamenta, mas que, daqui em diante, diz que vai ter em conta, chamando também a atenção dos autores públicos e privados, são os acessos às instalações.
“No que diz respeito às infraestruturas mais adaptadas, teremos talvez um pouco mais de dificuldades, o país, neste aspecto, tem muitas lacunas…”, reparou Patrice Trovoada, que admitiu a possibilidade de o governo vir a orientar alguns funcionários públicos “no sentido de apoiar a ACASTEP na execução dos seus programas e das suas tarefas, mas continuarem a receber os salários pagos pelo Estado”.
Os festejos dos 30 anos da Associação de Cegos e Ambliopes de São Tomé e Príncipe começaram no dia da sua criação, 11, em cerimónia presidida pelo Presidente da República, Carlos Vila Nova, no Hotel Pestana.
Na ocasião, a presidente da associação, Eugénia Neto, pediu às autoridades nacionais para, além de ajudarem na adesão ao protocolo africano dos deficientes visuais, viabilizarem a Lei de Base dos deficientes visuais, aprovada há 11 anos e que não é regulamentada pelos sucessivos governos.
Este ano, as comemorações tiveram como lema ‘’reconstruir para incluir, a escuridão não impede o exercício da cidadania plena’’, enaltecido pelo Presidente da República, que garantiu exercer a sua magistratura de influência visando a resolução dos múltiplos problemas dos deficientes visuais do país.
A Associação dos Cegos e Amblíopes de São Tomé e Príncipe conta com mais de 350 membros.
Fim/RN