São Tomé, 13 Abril 2023 (STP-Press) – Cerca de 30 mil pessoas de 8 mil agregados familiares vivem em situação de extrema pobreza em São Tomé e Príncipe. Os dados foram revelados esta terça-feira, 11, num atelier organizado pela Direção de Protecção Social, citando informações do Cadastro Social Único, elaborado no ano passado com o apoio da Organização Internacional do Trabalho.
Números exactos são 29 mil e 649 pessoas de 7 mil e 581 agregados familiares, que vivem em situação de extrema pobreza em São Tomé e Príncipe.
A directora da Protecção Social, Núria Ceita, considera os números “alarmantes que têm a nossa atenção e vão continuar a ter e nós sabemos que ainda não foram identificadas todas as famílias e isso assusta-nos. Imagina quando conseguirmos cadastrar todas!”
Os dados apontam ainda que, dos oito mil agregados familiares, 73% das 5 mil e 539 famílias são chefiadas por mulheres e que apenas 27% das 2 mil e 042 são lideradas por homens. As mulheres continuam a ser as mais afectadas por serem as que assumem a maior parte dos encargos com a família.
Os dados do Cadastro Social Único revelam também que das 30 mil pessoas, 602 são portadoras de deficiência mental, mil e 526 de deficiência motora, mil e 711 de deficiência visual e 423 agregados familiares correm o risco de abandono dos filhos.
Os dados do Cadastro Social Único permitem facilitar o trabalho das entidades públicas na selecção de potenciais beneficiários dos programas sociais, auxiliando o governo a definir políticas sociais mais eficazes às famílias e pessoas vulneráveis.
Fim/RN,JA
