São Tomé, 31 Março 2023 (STP-Press) – Os catorze pescadores são-tomenses que haviam sido detidos nas águas territoriais do Gabão, por prática de pesca ilegal, foram postos em liberdade, ontem, e receberam ordens de que podem deixar, imediatamente, o país nas mesmas embarcações em que foram detidos.
A notícia foi dada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Comunidades, através de uma nota de agradecimento ao governo gabonês, assinada pelo titular da pasta, Alberto Pereira.
A nota sublinha que “após intensos contactos por via diplomática, foi possível chegar a acordo com as autoridades gabonesas competentes, no sentido da pronta libertação dos cidadãos nacionais, sendo que partiram no mesmo dia, ontem, 30, na mesma embarcação de regresso ao país”.
O Governo são-tomense vem, por isso, manifestar os sinceros agradecimentos às autoridades gabonesas, em especial ao Presidente Ali Bongo Ondimba, pelos generosos expedientes a fim da libertação dos catorze pescadores, diz ainda a nota, que conclui que “este gesto abnegado é testemunho das excelentes relações de amizade, de cooperação e de irmandade entre São Tomé e Príncipe e Gabão”.
A embarcação, do empresário José Eva, com os catorze pescadores a bordo, tinha deixado o país no passado dia 17, sexta-feira, e deveria chegar a Porto Gentil, no domingo, 19, tendo sido detida numa zona proibida gabonesa, com 150 quilos de pescado. O alerta foi dado pelos familiares dos pescadores ao governo, que, no entanto, já havia recebido informações das autoridades gabonesas, pelo que o primeiro-ministro, Patrice Trovoada, se envolveu, pessoalmente, no assunto, tendo declarado “estar a efectuar démarches ao mais alto nível, por via protocolar e diplomática, para que os pescadores sejam libertados e para que não haja maus tratos”.
Fim/MF