São Tomé, 26 Março, 2023 – De regresso ao país, depois da visita oficial a Cabo Verde, o Presidente da República foi questionado, no aeroporto, pelos jornalistas, sobre o relatório do Ministério Público, que acusa vinte e três militares, entre eles, três altas chefias, de envolvimento nos acontecimentos de 25 de Novembro.
O Presidente da República, enquanto Chefe Supremo das Forças Armadas, considerou que o processo encontra-se numa nova fase, que é iminentemente um processo de justiça e “que não poupará esforços para que o esclarecimento cabal da situação seja feita”.
Carlos Vila Nova sustentou que ninguém mais dúvida do empenho que “ele” tem, em que se faça uma reforma adequada e condigna da justiça, para o bem de todos, tanto é que já marcou para o dia 29 uma reunião de alto nível para se analisar o processo de reforma e modernização da justiça.
O presidente Vila Nova argumentou que à distância não se faz uma leitura total do relatório, mas estando agora no país, irá inteirar-se melhor e ver desse quadro de que são as acções programadas, tendo acrescentado que “continuaremos a defender o quadro da justiça que ela seja cada vez melhor e mais justa”.
Questionado sobre a página 13 do relatório, que realça que as Forças Armadas, através do Chefe Estado-Maior, pediram a um dos seus efectivos, que denunciou o golpe, a continuar nas negociações como espião com no grupo que pretendia assaltar o quartel, o Presidente da República disse que não entrará nesses detalhes, além de que não tinha conhecimento destes factos.
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