São-Tomé, 27 Fev. 2023 São-Tomé, (STP-Press) – O Presidente da República disse que “nunca tive medo da justiça,… durante quatro anos fui perseguido e enfrentei a justiça, portanto não há problema nenhum”, em resposta a uma pergunta de um jornalista sobre as declarações de Delfim Neves, que o aponta como uma das figuras que vai ser chamado à justiça, por causa da polémica a volta dos acontecimentos de 25 de Novembro.
Carlos Vila Nova respondeu ao jornalista, durante a curta entrevista que deu à imprensa, no regresso ao país, ontem, 26, depois de ter participado na cimeira dos Chefes de Estado e Governo da Comunidade Económica dos Estados da África Central, que decorreu no fim-de-semana, em Kinshasa, República Democrática do Congo.
Quanto à cimeira, o Presidente da República ressaltou que “foram cumpridos os seus objectivos, … foram tomadas e adoptadas decisões, relativamente aos países que compõem a organização, a questão dos conflitos que ainda assolam alguns países membros, sobretudo no leste da República Democrática do Congo e também no Tchad, algumas medidas para o futuro, bem como procedimentos para a melhoria do funcionamento e da integração dos povos e estados membros”.
O Presidente Carlos Vila Nova confirmou que durante a cimeira foi entregue a si, enquanto Chefe de Estado são-tomense, e ao presidente cessante da CEEAC, o Presidente da RDC, Félix Tshisekedi, uma cópia do relatório elaborado por peritos da CEEAC sobre os acontecimentos de 25 de Novembro.
“É um relatório preliminar, vai ser analisado ao nível dos Chefes de Estado, … por ser um relatório preliminar não foi submetido nem à discussão nem aos trabalhos da cimeira porque não constava também na ordem do dia”, disse o Presidente da República.
Durante a cimeira “fez-se a transição da presidência da CEEAC da RDC para o Gabão, o balanço da presidência de um ano da RDC, que foi bom, congratulamos com a designação de “champions”, relativamente à matéria de segurança e paz, do Presidente angolano, João Lourenço, e ainda indigitamos o Presidente Félix Tshisekedi, como “champions” para a área da educação, saúde e cultura”, concluiu Carlos Vila Nova.
STP Press/MF