São-Tomé, 31 Dez. 2022 (STP-Press) – A economia são-tomense registou em 2022 “um défice comercial em cerca de 135 milhões de dólares, o nível de reservas externas em mínimos históricos, incapaz de garantir a cobertura cambial, mesmo para a importação de bens de consumo e, por causa disso, a economia nacional deverá crescer abaixo de 1% e a inflação situar-se em patamares superiores a 24%, valor não verificado desde 2008”. A afirmação é do governador do Banco Central de São Tomé e Príncipe, Américo Ramos, numa conferência de imprensa, hoje, para projectar o que vai ser a economia nacional no ano 2023.  

Diz o governador que as primeiras projecções sugerem uma retoma económica com o PIB a crescer 1,6% e a inflação a abrandar para 13,3 % no ano que vem, mas, no entanto, estes valores só podem ser alcançados mediante a nova estratégia de financiamento. O ano 2023 exige, por isso, a cada um, um maior grau de responsabilidade, espírito de trabalho, perseverança e esperança, aconselha o governador do BCSTP.  

Américo Ramos considerou o ano 2022 como marcante negativamente para a economia são-tomense, com o país a sentir severamente os efeitos económicos da crise pandémica do coronavírus, as alterações climáticas e, por fim, os efeitos da invasão russa à Ucrania que, por conseguinte, empurrou a economia europeia para uma retenção, prejudicando a economia nacional, “por a Europa ser o nosso principal parceiro comercial”. 

Por esses efeitos, o governador do Banco Central acrescentou que “São Tomé e Príncipe enfrenta um problema cíclico de crescimento económico baixo,  inflação alta e baixo nível de reservas externas”.  

Fim/RN , MF

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