Por: Ricardo Neto, jornalista da Agência de Notícias STP-Press
São-Tomé, 17 Nov. 2022 ( STP-Press ) – O Primeiro-Ministro são-tomense, Patrice Trovoada numa visita esta manhã ao serviço do Registo e Notariado, declarou que “ as coisas estão difíceis” neste sector, exortou pela melhoria de atendimento ao público, tendo sublinhado que “a conservação dos dados estão em perigo” o que obriga a uma intervenção urgente do seu Executivo para se inverter a situação.
Além dos serviços do Registo e Notariado, Patrice Trovoada, visitou ainda o Guichê-Único, Conservatória, Cartório e Centro de Identificação Civil e Criminal, tendo declarado que “nós temos a plena consciência que ao nível do registro notariado, Guiché único as coisas estão difíceis”.
Quanto aos serviços do Registo e Notariado, Patrice Trovoada disse que “a conservação dos dados estão em perigo, a tramitação é muito complicada, mas tem causas. A principal causa é a dispersão dos serviços, é fraca qualidade de energia, a insuficiência em termos de equipamentos e de sistema informático”.
Trovoada acrescentou que “nós pensamos que temos de atender prioritariamente este sector, como sabe, nós apostamos na informatização, digitalização, na governação eletrónica para maior transparência e eficácia do Estado. Isso começa pelos dados”.
O novo Primeiro-Ministro sublinhou que “nós vamos poder começar a intervir neste sector, provavelmente, tratando da questão da dispersão dos serviços, da regularidade e qualidade da energia e ver como podemos ainda informatizar alguns serviços que carecem de uma informatização básica”.
“A segurança dos dados é fundamental, manusear os dados é uma responsabilidade”, disse para depois acrescentar que “não só é uma responsabilidade connosco próprio, mas também com a comunidade internacional. Quando falamos de passaportes e de bilhete de identidade”.
“Encontramos funcionários um pouco desmotivados, mas também não é surpresa. Penso que em todos os sectores da administração vamos encontrar funcionários desmotivados. É preciso motivá-lo, é sobretudo, começar a fazer alguma coisa que possa fazer crescer confiança num futuro melhor para todos”, precisou.
Avançou ainda que “nós somos servidores do Estado e servidor do público e há um grande problema e acho transversal nosso País a nível de administração pública, que é o serviço, a qualidade de serviço e o atendimento e, esse atendimento temos de melhorar”.
“Não custa necessariamente dinheiro, é uma questão de atitude que o funcionário público tem que ter com os utentes”, defende Trovoada.
Juary dos Santos, um dos funcionários dos serviços do Registo e Notariado disse ao Primeiro-Ministro que “o imperativo para nós agora é nós sairmos daqui, isto para nós é uma prioridade das prioridades, não tem como nós continuarmos aqui, peço a Vossa Excelência para que em mais curto espaço de tempo nos dar um espaço com alguma dignidade para trabalhar…”
Um dos utentes disse a imprensa que “estou aqui há duas horas a esperar para receber o meu documento…um documento pedido já há mais de 20 tal e com urgência dias”.
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