Texto: Ricardo Neto ** Foto: Lourenço da Silva
São-Tomé, 09 Nov. 2022 ( STP-Press ) – A deputada eleita pela lista do ADI, Celmira Sacramento assumiu terça-feira a presidência do Parlamento são-tomense, quebrando o jejum de mais de trinta anos da liderança feminina no cargo após a presidência exercida pela “grande mulher são-tomense”, a poetisa Alda Graça do Espírito Santo.
No seu discurso Celmira Sacramento sublinhou que “nesta hora em que assumo plenamente as minhas funções de Presidente da Assembleia Nacional, os meus pensamentos vão para a grande mulher são-tomense, a poetisa Alda Graça do Espírito Santo, que num dia como hoje há mais de trinta anos, assumiu a presidência da Assembleia Nacional “
“Foram necessárias mais de três décadas, um longo parêntesis que só agora se abre com a minha eleição o que apesar de tudo, orgulha-me profundamente”, acrescentou, Celmira Sacramento.
A deputada eleita nas últimas legislativas são-tomenses pela lista do ADI, Celmira Sacramento foi terça-feira eleita Presidente da Assembleia Nacional com 52 dos 55 votos possíveis, sucedendo no cargo, o ex-presidente do Parlamento, Delfim Neves, do recém-criado BASTA.
O deputado, Adnildo de Oliveira também do ADI foi eleito para o cargo de Vice-Presidente do Parlamento enquanto o deputado Arlindo Semedo do MLSTP-PSD não conseguiu obter votos suficientes para ocupar o outro posto da vice-presidência parlamentar que será posteriormente decido nas próximas sessões plenárias desta nova legislatura são-tomense.
A deputada Bilaine de Ceita do ADI foi eleita secretária da mesa da Assembleia a semelhança de Silvestre Mendes, enquanto Celisa Aguiar e José Cargo para eleito para cargo de Vice-Secretários
No seu discurso a nova Presidente da Assembleia Nacional, Celmira Sacramento disse que “a minha eleição hoje nesta magna assembleia não traduz apenas a vitória de uma mulher ou mesmo das mulheres são-tomenses, mas uma vitória de todo o povo de São Tomé e Príncipe”
“São estes pequenos gestos que marcam o avanço de uma sociedade e a propulsa a patamares cada vez mais altos da modernidade e do progresso”, disse Celmira Sacramento.
Sacramento sustentou que “a eleição de uma mulher a este cargo tão prestigioso da nossa arquitetura constitucional traduz não só uma evolução da mentalidade mas, sobretudo, uma tomada de consciência no que respeita a essência dos direitos fundamentais, mormente no que respeita a equidade de género e ao papel da mulher no desenvolvimento económico e social de qualquer comunidade.
Fim/RN