Por: Ricardo Neto e Manuel Dende da Agência STP-Press

São-Tomé, 16 Jul 2022, ( STP-Press ) –  Uma manifestação pacifica promovida pela juventude da ADI, (oposição) saiu esta sexta-feira as ruas da capital de São Tomé exigindo das autoridades nacionais a realização do recenseamento eleitoral antes das eleições de 25 de Setembro.

Esta manifestação acontece depois da juventude do ADI ter realizado uma ronda de auscultação e reclamação às autoridades do país, nomeadamente a Comissão Eleitoral Nacional, presidente da Assembleia Nacional e Presidente da República sobre o assunto em causa.

 “Decidimos passar a uma outra fase da nossa luta, no sentido de defendermos aquilo que entendemos ser um direito que não pode ser negociado sequer, que é o direito de nós expressarmos as nossas opções no ato de voto”, afirmou o vice-presidente da juventude da ADI, Pedro Carvalho.

O conflito que eclodiu-se há pouco mais de três semanas em São Tomé, tem a ver com a não realização do recenseamento eleitoral dos jovens que completaram 18 anos até 25 de Setembro do ano em curso, compreendendo actualização dos cadernos eleitorais. 

 “A manifestação foi decidida na nossa reunião de quinta-feira, a qual pensamos que com ela pode fazer ouvir os responsáveis pela realização do recenseamento eleitoral”, acrescentou este responsável. 

Na óptica de Pedro Carvalho, “pouco mais de 5 a 8 mil eleitores que podem ficar sem esse direito de votar, facto que não contribui para o aprofundamento da democracia no país”. 

A Juventude do MLSTP, partido no Poder, respondeu, explicando que “o único responsável pela situação é o Presidente da República que decidiu marcar a data das eleições sem consultar a Comissão Eleitoral Nacional”. 

Em conferência de imprensa, na sede do MLSTP, no Riboque, capital são-tomense, Gilson Leite disse que “já não há tempo material para a realização do recenseamento eleitoral”. 

Na quinta-feira, os líderes das bancadas dos partidos com assento parlamentar, reuniram-se com o Presidente da Comissão Eleitoral, José Carlos Barreiros que reafirmou-lhes “não haver tempo material para a realização do recenseamento eleitoral”. 

Segundo ainda Barreiros, trata-se de três eleições nomeadamente legislativas, autárquicas e regional requerer obediência as leis para as quais já não se está em condições para efectuar actualização do recenseamento eleitoral. 

Fim/MD/STP-Press 

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