Por: Ricardo Neto, jornalista da Agência de Notícias STP-Press


São-Tomé, 08 Jul 2022 ( STP-Press) – O ex-Presidente de Angola José Eduardo dos Santos morreu esta sexta-feira aos 79 anos, num hospital em Barcelona, onde estava internado desde 23 de Junho depois de sofrer um acidente vascular cerebral (AVC).

Segundo a Agência de Notícias de Angola, ANGOP, o Executivo  angolano manifestou, esta sexta-feira, consternação pela morte do antigo Presidente da República, tendo já decretado luto nacional de cinco dias.

Num comunicado oficial dirigido à Nação, o Executivo de Angola inclina-se, “com o maior respeito  e consideração”,  perante a figura de um Estadista de grande dimensão  histórica,  que regeu durante muitos anos com “clarividência e humanismo” os destinos da Nação em momentos difíceis.

O Executivo apresenta  à família enlutada os seus mais profundos sentimentos  de pesar e apela à  serenidade de todos neste momento  de dor e consternação.

Chefe de Estado durante 38 anos, ainda hoje um dos que mais tempo ficou no poder no continente africano, Eduardo dos Santos foi gerindo o seu silêncio desde que deixou a presidência, mesmo quando os seus filhos se viam a braços com a justiça, eram afastados dos negócios ou dos círculos do poder, assim como alguns dos seus principais aliados, naquilo que muitos viram como perseguições políticas do seu sucessor, João Lourenço.

Perfil publicado por Agência ANGOP

José Eduardo dos Santos chegou ao poder em Setembro de 1979, na sequência da morte do Primeiro Presidente de Angola, António Agostinho Neto.

Ocupou as funções de Presidente da República durante 38 anos, até Setembro de 2017, altura em que foi sucedido pelo actual Chefe de Estado, João Lourenço.

Além de Presidente da República, foi Comandante-em-Chefe das Forças Armadas Angolanas (FAA) e Presidente do MPLA, partido que governa o país desde a proclamação da independência nacional, a 11 de Novembro de 1975.

Da sua ficha política consta, ainda, o cargo de ministro das Relações Exteriores, e outras funções no Estado e no MPLA.

Conduziu o processo que culminou com a assinatura dos Acordos de Paz, a 4 de Abril de 2002, na sequência da morte do então líder fundador da UNITA, Jonas Savimbi.

Fim /RN

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