Por : Ricardo Neto e João Soares da Agência de Notícias STP-Press
São-Tomé, 05 Jul 2022 ( STP-Press ) – O Governo são-tomense reuniu-se hoje a distribuidora comercial de combustível no País, ENCO e com a produtora de eletricidade, EMAE, em busca de soluções face as dívidas da EMAE para com a ENCO incluindo uma outra contraída pelo próprio Estado na sequência do aumento de preço de combustíveis no mercado internacional em consequência da guerra na Ucrânia.
Em declarações a imprensa, o ministro da Presidência, Conselho de Ministro, Novas Tecnologias e Assuntos Parlamentares, Wuando Castro revelou que “a dívida do Estado para com a ENCO que está agora em cerca de 32 milhões de dólares” face aos últimos aumentos dos combustíveis no mercado internacional em consequência da guerra.
“A própria EMAE tem uma dívida acumulada com a ENCO de 158 milhões de dólares”, disse Wuando Castro, sublinhando que “há mais de trinta anos que a EMAE não consegue honrar os seus compromissos com a ENCO”
“A ENCO encontra-se numa situação complicada porque a Sonangol [fornecedora angolana] desde 2019 reduziu substancialmente o fornecimento que fazia a crédito”, precisou.
O ministro Wuando Castro explicou ainda que “a ENCO reduziu algum tempo fornecimento a EMAE, por isso é que ultimamente nós temos verificados alguns cortes no fornecimento de energia, porque, a EMAE está receber menos combustível da aquilo que recebia”.
Tendo declarado que “infelizmente com a situação da guerra esta dívida está aumentar”, Wuando Castro acrescentou que “nós actualizamos os preços, mas a subida mantem”.
Castro explicou que “o gasóleo que deveria ser vendido a 48 Dobras está a 30, a gasolina deveria ser vendida a 55 está a 35, o petróleo deveria ser vendido por 38 dobras, está a 17 dobras”.
Como uma das saídas para se minimizar a situação, Wuando Castro falou da “possibilidade de tentarmos baixar mais a taxa de importação dos produtos petrolíferos” bem como “ cortes de algumas despesas públicas”.
Fim/RN