Por Manuel Dênde, Jornalista da STP-Press
São Tomé (São Tomé e Príncipe), 28 Jan. 2022 (STP-Press) – Nazaré de Ceita, professora universitária garantiu, esta quinta-feira, que a história de luta de libertação em elaboração terá referências ao massacre de Batepá.
A docente, que leciona na Universidade Pública de São Tomé e Príncipe e que saía, na última de uma audiência no palácio presidencial, na cidade de São Tomé, com o Chefe de Estado, Carlos Vila Nova a quem apresentou o projecto de acção para elaboração da história do país.
A académica garantiu que os trabalhos para elaboração de história do país já começaram, e, segundo esta responsável, não se trata de uma história banal, mas sim, sustentada, relatada e contada em bases científicas.
“É verdade que ter-se-á em conta várias figuras que participaram na luta de libertação, não vamos privilegiar este ou aquele como protagonistas na gesta libertadora de São Tomé e Príncipe”, disse.
A partida, sustenta Nazaré de Ceita, vai-se esquecer o protagonismo que se tem feito da luta de libertação nacional, recuar, procurar os antecedentes onde ter-se-á em conta a sociedade escravocrata e inicialmente serviçal e muito discernimento para elaboração da própria história de São Tomé e Príncipe.
“Não nos poderemos esquecer do massacre de 1953, ele foi propulsor para abertura na cabeça de que era necessário procurar a libertação [política do país]”, prosseguiu.
Na óptica de Nazaré de Ceita, licenciada em história, trata-se de um trabalho onde ter-se-á em conta bases científicas, requerendo muito discernimento e pesquisa na perspectiva de se produzir um trabalho digno para São Tomé e Príncipe.
Nazaré ressaltou que não se vai privilegiar ou assumir o protagonismo de qualquer uma das partes que monopolize a luta de libertação, que, traduziu-se na independência do país.
Destaca-se que além de Nazaré de Ceita, estiveram, igualmente, no palácio presidencial, outros membros da referida Comissão Nacional respeitante ao assunto.
A comissão para elaboração da história de São Tomé e Príncipe foi criada em Agosto do ano transacto, a sua vigência é de três anos e nela integram académicos.
A iniciativa desenvolvida em cada um dos cinco Estados africanos de língua portuguesa e, surgiu por iniciativa do antigo Chefe de Estado cabo-verdiano, Pedro Pires.
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