Texto: Ricardo Neto, jornalista da Agência de Notícias STP-Press
São Tomé, 03 Jan 2022 ( STP-Press ) O Presidente de São Tomé e Príncipe, Carlos Vila Nova na sua mensagem do Ano Novo declarou que “é preciso dar o salto para a modernidade”, sublinhando que “temos de entrar para o ano de 2022, com outras perspetivas, com outro olhar, com otimismo, com a crença de uma sociedade melhor, mas igualmente, com o querer genuíno e determinação sem limite, que nos expulse definitivamente da miséria e da mediocridade em que vivemos hoje”.
Tendo-se referido que a sua missão é “essencialmente um projeto de justiça e progresso social”, Carlos Vila Nova assegurou que não se pode conviver “com a justiça nem com a proteção social que o país tem hoje”.
“É preciso reformar a justiça e reformar o Estado, reformar as instituições”, disse para depois acrescentar que “mas reformar com ambição “.
O Chefe de Estado são-tomense declarou que não há “a mínima dúvida que o país está enclausurado numa teia de corrupção, que de banal e camuflada passou a ser aberta, direta e institucional com proporções nunca dantes visto, minando a estrutura do Estado.”
“Por isso, não poderia terminar esta minha intervenção sem falar da justiça, porque é imperativo que se ponha termo à injustiça reinante”, referiu Vila Nova.
Para a o Presidente da República a corrupção, “sob todas as suas formas, grandes e pequenas, as suspeitas de corrupção, críticas e denúncias, anónimas e não anónimas veladas e abertas”, marcaram 2021.
Carlos Vila Nova sustentou ainda que “o ano que acaba hoje foi profundamente marcado por tudo isso, sem que tenhamos registo de um ato sério vigoroso, decisivo de combate à corrupção”.
Tendo considerado que à semelhança do ano anterior, 2021 “foi muito duro para os são-tomenses”, sobretudo “as tempestades destes últimos dias, particularmente as do dia 28 do mês de dezembro, com todo o seu cortejo de danos e destruições”.
O presidente da República sublinhou que “os pedidos de socorro das nossas populações e da sociedade civil esbatem-se num muro de silêncio, quando o nosso ambiente é deixado à fúria avassaladora dos homens, para os quais não há limites à sua atuação”.
“O país está literalmente parado”, disse Carlos Vila Nova, tendo sublinhado que “a pandemia serviu de desculpa para tudo, incluindo para os nossos erros e negligências, bem como para os nossos humores e caprichos, que se traduziram em inexplicáveis desperdícios.
“Não podemos continuar a desperdiçar sobretudo aquilo que não temos nem somos capazes de produzir e de que a comunidade precisa como do ar de que respira ”, adiantou o Presidente da República.
Fim/RN