Por Manuel Dênde, Jornalista da STP-Press  

São Tomé (São Tomé e Príncipe), 03 Nov. 2021 (STP-Press) – O Presidente de São Tomé e Príncipe, Carlos Manuel Vila Nova, denunciou, esta, terça-feira, em Glasgow, Escócia, no Reino Unido, no âmbito da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, COP26, que o seu país se confronta com múltiplos problemas climáticos, dos quais o aumento do nível do mar, que tem provocado a diminuição do espaço geográfico do arquipélago São-tomense. 

Num discurso proferido em francês, no último dia da reunião, o Presidente Vila Nova proferiu ao Mundo que “no, global, o arquipélago [de São Tomé e Príncipe] tinha uma dimensão de 1001 Km2. Mas hoje [actualmente], não temos mais do que 960 Km2”.

Segundo o Chefe de Estado São-tomense, o aquecimento global e as suas consequências tem contribuído para que o arquipélago de São Tomé e Príncipe diminua no plano territorial. 

 “Cerca de 4% da superfície terrestre [do meu país] foi engolido pela subida do nível do mar, por causa do aquecimento climático”, realçou ainda Carlos Vila Nova. 

E como nem tudo está mal no país e diante do Mundo ali presente no Fórum, o Chefe de Estado São-tomense afirmou à Comunidade Internacional que a Região Autónoma do Príncipe, é um exemplo de sucesso na preservação do ambiente. 

Uma reserva mundial da biosfera UNESCO, que, na óptica de Carlos Vila Nova, também, vê-se ameaçada. 

“Venho de um país [São Tomé e Príncipe] onde uma das Ilhas, o Príncipe faz parte da reserva mundial da biosfera [da UNESCO] ”, de acordo com o Presidente São-tomense, “esta reserva [hoje] está ameaçada…”. 


E para contrabalançar tais situações apontadas, reclamou meios financeiros que foram prometidos pela Comunidade Internacional, e a respectiva adaptação a estes fenómenos naturais. 

Assim, referiu-se que São Tomé e Príncipe registou alguns progressos na adaptação às mudanças climáticas, mas que não foram satisfatórios por causa da falta de meios financeiros que garantissem a resiliência sobretudo nas Comunidades mais vulneráveis. 

Disse que o país tem um plano para viabilizar medidas para contrapor as mudanças climáticas, sublinhando a “estratégia de transição para as energias renováveis e a economia azul”, porém, indagou diante da Comunidade Internacional, “mas de que servirá se não temos meios para a implementa-lo?”. 

Carlos Vila Nova, por último, apelou a todas as Nações do Mundo, a adoptarem medidas mais ambiciosas a favor do clima como uma das formas de inviabilizar consequências nefastas nos países insulares. 

A propósito, a parte respeitante aos Chefes de Estado e do Governo, neste Fórum, foi concluída, nesta terça-feira para dar lugar a parte respeitante a situações técnicas, onde, peritos de diversos Estados e continentes, reúnem-se, à partir de hoje para equacionar medidas e meios financeiros conducentes a concretização de acções acertadas entre representantes de mais de 90 países do Mundo.  

Fim/MD/LM

STP-Press 

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