Texto: Ricardo Neto, jornalista da Agência de Notícias STP-Press

São-Tomé, 02 Ags 2021 ( STP-Press ) O primeiro-ministro são-tomense, Jorge Bom Jesus , exortou hoje a “população a manter-se calma” e aguardar pela resolução do “contencioso eleitoral” de 18 de Julho, tendo declarado que “governo não vai tolerar nenhum acto de subversão da ordem pública, desacato, vandalismo e desafio as autoridades”.

Declarações de Jorge Bom Jesus esta manhã num comunicado ao País, no qual, denunciou que um grupo de pessoas dirigiu este sábado a residência oficial do Presidente da República e a do Presidente do Tribunal Constitucional, “sem autorização previa, em jeito de pressão politica perante o impasse prevalecente neste Tribunal ou em busca de pretexto para desacato e actos de desordem pública”.

O Chefe do governo declarou que “para garantir o clima de paz, tranquilidade social e segurança de pessoas e bens, doravante, o governo não vai tolerar nenhum acto de subversão da ordem pública, desacato, vandalismo e desafio as autoridades”.

Jorge Bom Jesus disse que “de igual modo, exortamos a população, mormente a juventude a manter-se calma e serena, aguardando que as instituições competentes de direito, possam, a breve trecho, resolver o contencioso eleitoral e viabilizar a sua conclusão”- avançou Jorge Bom Jesus.

“Por conseguinte, os dirigentes políticos e as forças partidárias que de forma acintosa, pública e comprovadamente instrumentalizarem a população, ou seja, proferindo discursos inflamatórios, organizando e financiando de actos ilícitos, puníveis por lei, que incitem a violência, ao ódio, a insurreição e a desordem pública, serão responsabilizados política e criminalmente”, acrescentou.

O primeiro-ministro disse que “mais uma vez, instamos os dirigentes políticos adoptarem uma postura de responsabilidade patriótica perante a conjuntura actual que briga com o processo eleitoral em curso e a imagem do Estado são-tomense.

Para Jorge Bom Jesus “o contexto pós-eleitoral é deveras preocupante e precário e exige de todos os actores políticos, sociais e sociedade civil organizada muita contenção para evitar derivas, aproveitamentos e até caos social”.

Quanto a denúncia, Bom Jesus disse que “neste fim-de-semana, ou seja sábado 31 de Julho, supostamente, um grupo de pessoas dirigiu ao Morro da Trindade, residência oficial do Presidente da República, sem autorização prévia, em jeito de pressão perante o impasse prevalecente no Tribunal Constitucional ou em busca de pretexto para desacato e actos de desordem pública”.

“Mais tarde, o mesmo grupo se deslocou a rua Padre Maritinho Pinto da Rocha, residência do venerando juíz presidente do Tribunal Constitucional com o mesmo propósito de invasão a privacidade e coação”, – disse

Jorge Bom Jesus revelou ainda que “no domingo dia 01 de Agosto do corrente ano, foi organizada, sem comunicação prévia as autoridades, uma vigília, diante do Palácio do Povo e posteriormente na praça da independência, numa clara tentativa de provocar e testar a reação das forças de defesa e segurança que se mantiveram prontas, serenas e vigilantes na manutenção da ordem pública”.

 “Estou certo de que o bom senso prevalecerá e a democracia e o Estado de Direito sobreviverão em São Tomé e Príncipe”, – concluiu

Fim/RN

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