Texto: Manuel Dendê *** Foto: Lourenço da Silva
São-Tomé, 3 Mai 2021 (STP-Press) – O primeiro-ministro são-tomense, Jorge Bom Jesus felicitou hoje jornalistas são-tomenses por ocasião do Dia Mundial de Liberdade de Imprensa, pediu profissionalismo na cobertura das próximas eleições presidenciais marcadas para 18 de Julho, tendo ainda defendido que a principal vacina contra pandemia da desinformação é o jornalismo credível.
Bom Jesus que aproveitou para garantir aos jornalistas a implementação do reajuste salarial, fez estas declarações esta manhã, na abertura da semana de actividades em alusão a efeméride, num acto que contou com discursos do presidente do Conselho Superior de Imprensa, José Carlos Barreiros, Presidente do Sindicato de Jornalistas, Helder Bexigas e do Presidente da Associação de Jornalista, Juvenal Rodrigues na presença do Secretário de Estado para Comunicação Social, Adelino Lucas.
Na cerimónia em que marcaram, igualmente presença, os Embaixadores, de Portugal, Rui do Carmo e do Brasil,Vilmar Junior, o Primeiro-ministro referiu-se as Eleições Presidenciais marcadas para 18 de Julho deste ano no País, para advertir aos profissionais de imprensa que é importante estes levarem a cabo um trabalho sério, responsável e com isenção de modo que a população faça a sua melhor escolha para assumir os destinos do País.
Mas antes deste governante, usou também da palavra o Líder do Conselho Superior de Imprensa (CSI), José Carlos Barreiros, para dizer que não se regista situações de anormalidade no plano editorial no exercício da profissão de jornalismo no País, mas, para a sua eficácia afigura-se indispensável “ajustar-se os níveis de salários dos jornalistas”.
Assim, segundo ainda José Carlos Barreiros, uma melhoria salarial dos jornalistas contribuiria para se evitar as acusações segundo as quais, há jornalistas do Governo assim como jornalistas da Oposição.
Este responsável alertou que no plano eleitoral os jornalistas têm um papel primordial desde que observem a isenção, imparcialidade e a objectividade.
Segundo ainda este responsável, o CSI vai continuar a advogar visando a melhoria da situação material e de formação, dando melhores competências aos jornalistas.
Barreiros, anunciou igualmente que a CSI vai restituir, no próximo ano, o Prémio de Jornalismo aos jornalistas como forma de estimular a iniciativa criadora assim como a promoção de competências, buscando novos elementos para o exercício de Jornalismo em São Tomé e Príncipe.
Helder Bexigas, presidente do Sindicato da classe acusou as sucessivas autoridades de continuarem a colocar os jornalistas na classe de função pública, ignorando a especificidade destes.
Bexigas, no entanto reconheceu alguns ganhos alcançados com esta Administração governamental, o qual referiu-se a adopção dos Estatutos de Jornalistas assim como a criação da Comissão de Carteira Profissional, mas, afirmou que importa normalidade a situação salarial dos jornalistas, evitando que estes continuem a viver com um salário precário.
Juvenal Rodrigues, presidente da Associação de Jornalistas assegurou que é necessário alterar-se a Lei de Imprensa que data de 1993 e advogou que o Governo deve efectuar esforços com vista a conferir aos Jornalistas mais competências, meios materiais e aprimorar a formação destes.
“Melhorar os salários afigurar-se-ia como uma das saídas para promoção de competências técnicas”, asseverou, quando se aproxima as Eleições Presidenciais.
A cerimónia prosseguiu com um “Debate” sobre a situação de acesso as fontes de informação e o Jornalismo de Investigação em São Tomé e Príncipe, assim como o lançamento de uma Bolsa Jornalística compreendendo prémios que vão desde 500 a 1.500 Dólares, providos pela FONG (Plataforma das ONG’s) com auxílio da União Europeia.
A data, recorde-se, foi adoptada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) em 1993, como resultado de uma conferência de Jornalistas Africanos na capital Namibiana, Windhoek, onde os profissionais da classe reclamavam para uma Nova Ordem Internacional de Informação.
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