Texto: Ricardo Neto e Neisy Sacramento ** Foto: Lourenço Silva

São-Tomé, 25 Marc 2021 – A OIT iniciou hoje em São-Tomé, um atelier de formação de formadores para formalização de micro e pequenas empresas em resposta a uma solicitação da Câmara do Comércio, Indústria, Agricultura e Serviços-CCIAS.

A abertura do atelier, de dois dias que decorre no Hotel Praia em São-Tomé, contou com a presença do Presidente da Câmara de Comércio, Industria, Agricultura, e Serviços – CCIAS, Jorge Correia e Lurdes dos Santos, em representação da OIT.

Lurdes dos Santos declarou que esta acção tem como “objectivos fundamentais, ajudar as micro e pequenas empresas informais  a se formalizarem, contribuir para o reforço nacional de alargamento da base contributiva e da competitividade das empresas formais, reduzindo o número das informais bem como permitir a CCIAS de alargar a sua base de membros e reforçar a sua influência neste mundo de negócio”.

Tendo revelado que “a solicitação que a Câmara fez a OIT é de ajudar as empresas a se formalizarem, a saírem do sector informal”, Lurdes Maria dos Santos disse que “nós recrutamos um consultor nacional que elaborou o kit metodológico que vai ser hoje validado”, sublinhando que “um manual que a Câmara irá utilizar nas suas ações futuras”.

 A Representante da OIT argumentou ainda que “com a pandemia da Covid-19, os efeitos que esta pandemia provocou na economia tanto no sector formal como informal, portanto, as próprias pessoas do sector informal ganharam consciência que era necessário estarem mais organizadas, que eram necessário estarem formalizadas de forma a poderem, talvez, encontrar uma forma de mitigar os efeitos perversos desta pandemia”

Indo pelo mesmo diapasão, Presidente da Câmara de Comércio, Industria, Agricultura, e Serviços, CCIAS, Jorge Correia disse “neste tempo de pandemia, verificamos que quando, governo tentou apoiar os sectores que estavam paralisados e, em via de paralisar, governo viu-se a braços porque não conseguia ter dados sobre aqueles que estão a operar na informalidade. Isto fez com que nós acelerássemos este pedido junto da OIT”

Jorge Correia concluiu que “vendo isto, a Câmara de Comércio pediu a OIT apoio para que pudéssemos juntos tentar convencer o maior número possível de pessoas que estão na informalidade a virem para negócios no quadro formal”.

“A economia é a parte vital de um País, sem a economia nada funciona e, se tivermos uma economia desorganizada pior um pouco”,- disse Jorge Correia, acrescentando que “gostaríamos de pedir as pessoas que cá estão que envolvêssemos, seriamente neste projecto porque não é algo só do interesse da Câmara, é do interesse da Nação São-tomense.  

Correia defendeu ainda que “em São Tomé e Príncipe, uma economia como a nossa pequena, um mercado tão exíguo, associado a uma indisciplina em geral, se não conseguirmos contornar a informalidade, a economia está condenada”.

Fim/RN

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