Texto: Ricardo Neto *** Foto: Lourenço da Silva

São-Tomé, 18 Mar 2021 ( STP-Press) – A Agência Europeia do Medicamento (EMA) reiterou, esta quinta-feira, ter confiança na vacina da AstraZeneca/Oxford para a Covid-19, divulgou esta tarde a Rádio portuguesa Renascença citando a directora executiva da EMA.

“Esta é uma vacina segura e eficaz. A vacina [AstraZeneca] não está associada a um aumento de eventos tromboembólicos e coágulos sanguíneos”, disse Emer Cooke, diretora executiva da EMA, de acordo com On line da Renascença, a emissora de radiodifusão portuguesa de inspiração católica.

Esta notícia surge 72 horas depois do Presidente São-Tomense, Evaristo Carvalho, ter minimizado os riscos da vacina AstraZeneca, tendo exortado a população a aderir sem hesitação alegado que as duvidas não passam de guerra comercial.

O Chefe de Estado são-tomense juntava-se, assim, ao primeiro-ministro, Jorge Bom Jesus que presidiu no dia anterior a abertura da campanha de vacinação, tendo sido o primeiro cidadão a ser vacinado com AstraZeneca, seguido do ministro da Saúde, Edgar Neves, ministra dos Negócios Estrangeiros, Edite Tenjua, a coordenadora da ONU Katarnzina Wawerneia, a representante da OMS, Anne Ancia  entre outras individualidades.

De acordo com a Renascença, o regulador europeu conduziu uma investigação sobre estes casos e chegou à conclusão que a vacina é segura.

Na conferência de imprensa da EMA, Sabine Straus explicou que especialistas do Comité de Análise de Riscos Farmacológicos (PRAC) analisaram cuidadosamente todos os casos suspeitos e concluíram que a esmagadora maioria das situações não estavam relacionadas com a vacinação e que, pelo contrário, há indícios de que há menos incidência de problemas vasculares entre os que receberam esta vacina e a população em geral.

Contudo, explicou Strauss, há duas situações – que no total não chegam a 25 casos individuais num universo de mais de 20 milhões de vacinados – em que não foi possível confirmar nem desmentir uma ligação à vacina. Por não ser possível desmentir uma ligação, a PRAC recomenda que todos os candidatos, bem como profissionais de saúde, sejam alertados para este possível perigo. Neste caso trata-se de coágulos simultâneos em diversos vasos sanguínios ao mesmo tempo e também de coágulos nos vasos que drenam sangue do cérebro, – adianta Renascença.

Ainda esta quinta-feira, ONU disse que é normal surgirem efeitos adversos durante uma campanha de vacinação, mas isso não quer dizer que estejam diretamente ligados às vacinas.

Em conferência de imprensa, Hans Kluge, o director regional da OMS Europa, disse que é isso que está a acontecer com a vacina da AstraZeneca, – adianta a Renascença.

Fim/RN

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