Por: Manuel Dênde, Jornalista da Agência de Notícias STP-Press
São Tomé (São Tomé e Príncipe),17 de Mar. 2021 (STP-Press) – O Chefe de Estado São-tomenses, Evaristo Carvalho, minimizou os riscos da vacina AstraZeneca e descartou a hipótese de sua suspensão em São Tomé e Príncipe.
O Presidente da República de São Tomé e Príncipe pronunciou-se sobre o assunto, na última terça-feira, após ter recebido a referida vacina, na sua residência oficial, no Palácio do Mouro da Trindade, uma urbe que dista pouco mais de sete km, na zona centro da Ilha de São Tomé.
Evaristo Carvalho, que aderiu à 16 deste mês a campanha de imunização aberta à 15 de março no País, apelou aos seus compatriotas para aderirem “a campanha de imunização sem receio de qualquer risco”.
Apesar de algum pessimismo que se levanta no mundo ou mesmo em São Tomé e Príncipe sobre os efeitos colaterais da referida vacina, Evaristo Carvalho afirmou que se trata de uma guerra comercial entre as farmacêuticas.
Segundo o Chefe de Estado, a vacina em causa é resultado de uma comparticipação configurada numa Plataforma COVAX, ao qual Ghana, como primeiro Estado recebeu e aplicou e não houve registos de qualquer constrangimento.
Indo mais longe, Evaristo Carvalho apontou Angola ao qual considerou “Estado nosso irmão aplicou-as já à 50 ou 60% e não se registou nenhum caso anormal, portando, incentivo-vos a aderirem sem receio a essa campanha de vacinação para se tentar evitar casos de mortes por essa maldita doença”.
A título de exemplo, afirmou que “apesar das dúvidas que se levantam sobre este ou aquele tipo de vacina, mulheres, homens e jovens devem aderir a vacinação sem medo, pois estamos perante uma doença grave ao qual o Mundo deve fazer face”.
Sublinhou que “nos anos 50 e 60 registaram-se situações que ocorreram com outras doenças no Mundo, nomeadamente com a Varíola e Febre Amarela mas que o Mundo ultrapassou-as graças a persistência do próprio homem”.
Além de Evaristo Carvalho, Felipe Nascimento, líder do Governo da Região Autónoma do Príncipe e Jorge Bom Jesus receberam tais vacinas, tendo sido Bom Jesus o primeiro cidadão São-tomense que a recebeu no arquipélago São-tomense.
A primeira fase de vacinação desde decorre desde o dia 15 em varias unidades de saúde do País, com destaque para a Ilha de São Tomé, onde além do Hospital Central Dr. Ayres de Menezes, o Hospital Militar e Centro Policlínico cobrem Água Grande, Distrito considerado o mais populoso do País.
Além do chamado grupo de “linha da frente”, compreendendo mais de 600 agentes sanitários, militares, bombeiros e pessoas com mais de 60 anos, as quais consideradas grupos de risco, uma vez vacinados, deverão dentro de dois meses fazerem a segunda dose e continuarem a respeitar as três principais medidas sanitárias, nomeadamente, distanciamento físico e social, a lavagem das mãos e o uso de máscara facial.
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