Por: Ricardo Neto ( texto) e Lourenço Silva ( Foto) especial 12 de Julho

São-Tomé, 12 Jul – O Presidente são-tomense, Evaristo de Carvalho no discurso hoje dos 45 anos da independência, declarou que “País precisa de um entendimento político nacional,” tendo exortado “o Poder a empreender as  grandes reformas  necessárias, com participação da oposição e da sociedade civil”,  na busca de “soluções para os grandes problemas nacionais”, sublinhando, que  ”assim, avançaremos mais seguros e melhor.  

“ O País precisa de um entendimento político nacional, para que o Poder possa empreender as  grandes reformas  necessárias, com a participação da oposição e envolvimento da sociedade  civil,  na busca de soluções para os grandes problemas nacionais.  Assim, avançaremos mais seguros e melhor”, disse Evaristo Carvalho, no acto central dos festejos pela primeira vez no palácio presidencial com menos de três dezenas de convidados face a pandemia do coronavírus.

Ainda do âmbito político, Evaristo Carvalho defendeu que “precisamos, hoje, na política, nas nossas instituições e  nas  reflexões   que  fazemos, de autênticos  advogados  do futuro, que não se importarão de defendê-lo, com todas as forças e energias, para que as crianças e jovens de  hoje e as gerações vindouras  tenham menos  constrangimentos e dificuldades que as gerações atuais encontram.   

Tendo declarado que “a excessiva politização e partidarização de tudo vem desencorajando muitos quadros competentes que fazem a opção de emigrar, no caso dos residentes no País, ou de não regressar às Ilhas no caso dos quadros na diáspora”, Evaristo Carvalho sublinhou que “encorajo, pois o Governo  e  demais  autoridades  a  olhar nessa direcção e, de forma mais estruturada,  abordar a problemática do contributo dos quadros santomenses na diáspora para o desenvolvimento do País durante a próxima década”.

Disse ainda que “as opções tomadas na Região Autónoma do Príncipe, por exemplo, nos domínios da atracção selectiva de avultados  investimentos estrangeiros, nos últimos anos, bem como na  protecção  e valorização dos ecossistemas,  tendencialmente  dirigidos  para  a  sustentação de uma opção de desenvolvimento sustentável, em vários domínios, é um caminho responsável a explorar, porque  liga o presente ao futuro”.  

Evaristo Carvalho defendeu que “devemos  privilegiar o sentido de interdependência,  favorecedor  de  um maior equilíbrio  inter-ilhas, dotando as ligações marítimas  de  maior  eficácia, tanto de ponto  de vista  da qualidade de transporte como de infraestrutura portuária, que permita um efeito positivo significativo sobre a economia regional e, consequentemente, sobre a economia nacional”.   

Quanto ao poder judiciário, Presidente Evaristo Carvalho disse que “a Justiça tem os problemas que todos conhecemos. Infelizmente, ela não inspira confiança  aos cidadãos e, apesar dos múltiplos apelos  já  feitos  e oriundos de toda a parte, me parece ser necessário, mais uma vez, relembrar aos seus agentes, a todos os níveis, que o que o País espera deles está muito longe do que estão a oferecer à Nação”  

 Tendo referido que na  função Pública, “o  excesso de pessoal e pouco eficiente, devido à falta de rigor, indisciplina e com evidentes sinais de corrupção de um bom número de seus agentes”, Evaristo Carvalho disse que disse  “a Reforma das  Forças de  Defesa,  Segurança  e  Ordem  Interna, dando origem a uma estrutura  moderna, voltada principalmente para  a  segurança  das  pessoas  e bens, assim como  da  nossa Zona Económica Exclusiva, é igualmente  uma tarefa importante”.  

No  sector  da Saúde, disse que “apesar dos indicadores encorajantes, a prestação dos cuidados de saúde é de nível baixo  e não satisfaz   as  necessidades  da população”, tendo acrescentado que “as infraestruturas  de telecomunicações,  portuárias,  rodoviárias  e   aeroportuárias  não evoluíram  suficientemente,  sendo  hoje  na sua  maioria   inadequadas  e   de má qualidade

Tendo declarado que “ apesar de muitas ajudas recebidas no âmbito da cooperação internacional, no sector das pescas registou poucas melhorias, enquanto reconheceu que na agricultura houve registo de “aumento significativo  da  produção  alimentar , hortícolas  em  particular,  e notório  incremento da  produção  e  exportação  de  óleo  de palma.

“As infraestruturas  de telecomunicações,  portuárias,  rodoviárias  e   aeroportuárias  não evoluíram  suficientemente,  sendo  hoje  na sua  maioria   inadequadas  e   de má qualidade . 45 anos  após  a  Independência,  continuamos  a  funcionar  com  um  porto  onde  os  navios  de  longo  curso  são forçados a  descarregar  mercadorias  contemporizadas no alto mar”- disse Evaristo de Carvalho. 

Tendo declarado que o “retomar do turismo em S. Tomé e Príncipe vai depender muito da confiança que conseguirmos transmitir aos turistas pelo mundo fora e aos operadores turísticos internacionais que poderão vir a investir nas nossas ilhas”, Carvalho disse que “daí a importância em controlarmos convenientemente a Pandemia [ Covid-19 ] , oferecendo assim um turismo seguro”.

“Ainda não vencemos o Covid-19 e nem sabemos o que nos reserva o futuro próximo. Nesse sentido, apelo ao povo para a responsabilidade que é a sua no combate à pandemia do Covid-19, disse Chefe de Estado são-tomense, sublinhando que “a Pandemia do Covid-19 assolou o País como um furacão que era esperado, mas, felizmente, chegou com uma intensidade bastante menor do que se previa”.

Tendo agradecido os profissionais são-tomenses da linha da frente no combate a pandemia, os titulares dos órgão da soberania, bem como do apoio dos parceiros bilaterais e multilaterais, Evaristo Carvalho disse que “é preciso realçar que, se nos últimos tempos a epidemia parece estar controlada, o facto é que o número de casos continua a crescer, pelo que há que nos mantermos vigilantes, não baixar a guarda, antes pelo contrário adoptar todas as medidas preventivas e organizativas por parte da população”.

Fim/RN

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