Entrevista & Texto: Telmo Trindade ** Foto: Lourenço da Silva

São-Tomé, 03 Jul 2020 ( STP-Press) – A cidade de São-Tomé, enquanto capital da República Democrática de São-Tomé e Príncipe, é logo vista ou entendida como o rosto do país. Sem a mínima pretensão de subestimar  o papel das outras autarquias, a Câmara do Distrito de Água-Grande a que esta cidade pertence, tem responsabilidades acrescidas.

Olhando neste momento para a cidade de São-Tomé e as obras em curso, tentando analisar as diferentes reacções dos cidadãos às alternativas que as autoridades encontram para a resolução dos demais problemas do quodiano ou  lidar com casos pontuais, logo surge a necessidade de se encontrar respostas às questões que, às tantas, desassossegam.

Sobretudo porque em STP, quando se faz algo pela população, há sempre uns tantos a dizerem que devia ter sido feito antes, ou que está sendo mal feito.  Quando não se faz, é porque não há interesse.

Doutor José Maria Fonseca, é Presidente da Câmara Distrital de Água Grande desde 14 de Novembro de 2018, data em que foi emposssado na sequência dos resultados das eleições de 7 de Outubro do mesmo ano.

Este responsável camarário fez Licenciatura em Gestão de Empresas e Informática no IUCAI em São-Tomé e mestrado em Finanças e Auditoria na Universidade Politécnica de Madrid, Espanha. Até assumir o cargo de Presidente da Câmara Distrital de Água Grande, foi professor de matemática na escola de S.João de 1989 à 1994, professor de matemática financeira, gestão financeira e auditoria financeira no IUCAI trabalhou como técnico na Direcção de Planificação Económica, prestou serviços no Projecto de Pecuária, na Voz da América e na agência marítima Supermaritime, foi director financeiro da EMAE e depois Secretário de Estado para Infrastruturas e Meio-Ambiente.

Para fim do seu mandato na qualidade de Presidente da Câmara de Água Grande, ao todo trinta e seis meses,  restam cerca de quinze.  A STP-Press quis medir a pulsação deste dirigente local no meio de realizações e pressões.

STP-Press – Senhor Presidente, de Novembro de 2018 à Junho de 2020, o balanço?

Dr. José Maria Fonseca – De lá para cá, fizemos muita coisa. Só  que as coisas depois de resolvidas, elas não marcam presença. Por exemplo, conseguimos debelar o lixo que vinha proliferando quase por toda a nossa cidade. Nós criamos um sistema de recolha de lixo nos bairros que ainda não está concluído mas que já está  a surtir muito efeito; ao invés de as pessoas deitarem o lixo  nos contentores deitam-no no chão criando poluição visual e ambiental por não terem muita cultura de utilização dos mesmos. Então optamos por implementar a recolha directa do lixo nas zonas, ou seja, marcamos os dias e as horas e assim as nossas carrinhas aparecem para a recolha do lixo nas zonas. Por outro lado, reabilitamos a casa de banho da praia ex-PM que vai dentro de dias voltar a entrar em funcionamento após pintura.

STP-Press – Casa de banho da praia ex- PM! Como foi possível a sua recuperação?

Dr. José Maria Fonseca – Conseguimos isso graças a nossa coragem. Trata-se duma casa de banho que lá se encontra há muitos anos e resolvemos reabilitá-la para servir aos utentes que passam por aquela área. Falta apenas um pouco mais de pintura para a sua reabertura com gestão privada. Vamos lançar um concurso para que algum privado segure aquilo porque a Câmara já teve uma experiência de ser a gestora daquilo e não funcionou, acabando por ser alvo de vandalismo.

Além disso, também construímos e reabilitamos várias lavandarias e temos em curso a construção duma  casa de banho na praça Yon Gato, ….. e outras obras que achamos que vão de acordo às necessidades da população e também consoante o nosso orçamento para as respectivas materializações. Já começamos igualmente a resolver a questão da iluminação pública nalgumas zonas com muitas lâmpadas queimadas ou avariadas.


STP-Press – Ainda a propósito do lixo. Sem nos esquecermos de outras patologias, o país vai se confrontando também com esta praga que é o Covid-19. O seu comentário…..


Dr. José Maria Fonseca – Quanto a questão das patologias que temos no país, quero aqui dizer que o lixo influencia mais no Paludismo. Portanto, onde há lixo acumulado, há água acumulada, condições que propiciam a proliferação de mosquitos. Ora, no caso do Coronavírus que é uma transmissão de pessoa para pessoa ou através das coisas que tocamos, o lixo aqui não tem muita influência porque as pessoas não entram para o lixo, não invadem o lixo. Não se trata de um vírus que anda no ar a longas distâncias e portanto o lixo não é o ponto onde o coronavírus vai reproduzir.

 Também temos outras como a Tuberculose dentre outras que requerem alguns cuidados no processo de preservação da nossa própria saúde. Água Grande é o distrito com mais casos, isto é proporcional ao número de habitantes,  somos cerca de 80 mil, se fizermos comparação com um distrtito de 5 ou 6 mil habitantes, é lógico que possamos ter maior quantidade de infectados. Mas é uma questão sobre a qual devemos continuar com campanhas de sensibilização. As pessoas têm que ter consciência de que o país tem esta doença e está a lutar contra ela,…. porém uma luta que tem que partir de cada um de nós. Se cada um de nós nos precavermos, logicamente que a cadeia de contágio será mais evitada.


STP-Press – Senhor Presidente, a cidade capital está em obras. No caso particular das estradas, para quando a conclusão?


Dr. José Maria Fonseca – Bem, a previsão era para antes de 12 de Julho. Mas as obras conheceram algum atraso devido a interferência dos vendedores e não só nos espaços onde as máquinas deviam funcionar normalmente, … daqui que houve esta transferência antecipada  dos feirantes para a zona de Bôbô-Forro.


STP-Press – Transferência Antecipada ? Estará a querer dizer que enquanto o Estado procura trabalhar em benefício da população, é a própria a se transformar em factor de bloqueio afectando o planejado?.
Dr. José Maria Fonseca – Exactamente. Até fico admirado, como é que alguém vê obras em cursono mesmo local onde há maquinas  pesadas em circulação e homens com picaretas, pás  e outros materiais a trabalhar, é que vão fazer os seus negócios. Uma situação caricata e depois um caso de teimosia. Por mais que os polícias e os empreiteiros falassem com as pessoas, elas persistiam.


STP-Press – Um desafio à Autoridade…
Dr. José Maria Fonseca – Claro que sim. Um desafio que culminou nessa situação. Culpam o Governo, mas no fundo quem acelerou o processo foram as feirantes que vendiam na rua  e obstaculizavam as obras que estavam em curso. 


STP-Press – E acabaram depois por vandalizar o mercado de Bôbô-Forrro…..


Dr. José Maria Fonseca – Bem, este acto foi premeditado. Digo premeditado e com aproveitamento político, porque a decisão de se mandar as pessoas para Bôbo-Fôrro foi uma questão que a Câmara e as feirantes estavam a analisar para que a transferência fosse feita paulatinamente e  sem confusão. O envio das palaiês de peixe para o mercado de Bôbô-Forro foi uma acção pacífica, sem problemas nenhuns. Mas, ao chegar lá, houve mãos políticas. Pois quando antes tivemos informações sobre palaiês que se manifestavam algo descontentes, procuramos dizer-lhes que tínhamos em carteira medidas que pudessem mitigar a situação e evitar desigualdades entre elas. Convidamos-lhes para um encontro com a Câmara, mas negaram. Isso significava que afinal estavam cumprindo uma outra missão. Não estavam a defender a própria classe da Palaiês, mas sim, outros interesses ocultos. Uma situação que veio a culminar com a destruição de 22 mesas na quinta-feira 25 de Junho, com o envolvimento de 10 pessoas que por tais actos foram responsabilizadas.


STP-Press – Senhor Presidente, regressemos à capital. As obras em curso incluem reparação das sarjetas. Será que nas próximas épocas chuvosas, já não teremos uma cidade alagada?


Dr. José Maria Fonseca – Como sabemos, o sistema de drenagem da nossa cidade é muito antigo, requerendo por isso uma reabilitação de fundo. Era uma ideia que a Câmara tinha um tempo mas não tinha meios  para fazer e foi o Governo que, no quadro do seu programa, assumiu a  execução destas obras que vêm resolver esse problema de o centro da cidade ficar alagado quando chove. Mas também vamos ver que,  na periferia, esse problema terá que ser resolvido.


STP-Press – E isso faz-me lembrar, por exemplo, das enxurradas de Ponte Graça em direcção a rua Padre Martinho Pinto da Rocha…..


Dr. José Maria Fonseca – Esse é um problema antigo. Se fosse fácil, nós já o teriamos resolvido. Tínhamos o da vala e tivemos a coragem de mandar limpar os esgotos e hoje a água já não se acumula na parte de cima da rua Padre. Só se acumula na parte de baixo, onde há um lago por detrás que faz a água infiltrar-se para a estrada. Porquê a infiltração? É que o sistema de passagem da água foi vedado e, ao ser assim, ter-se-á que fazer um trabalho de fundo para criar uma nova rede de esgotos.


STP-Press – Uma empreitada que, enfim, afectaria residências…..

Dr. José Maria Fonseca – Lógico, lógico. Tratando-se de um trabalho de drenagem integral, teria os seus efeitos colaterais.

STP-Press – Falemos agora dos mercados. Que destino está reservado ao mercado municipal?


Dr. José Maria Fonseca – O que sei, não como caso consumado, é que será um mercado virado para o Turismo. Ou seja, haverá secções para diferentes vendas. De frutas, de peças de artesanato, etc.

STP-Press – Quer dizer que voltará ser mesmo mercado?. É que faz já tempo que muitas vozes vêm dizendo que esse mercado foi vendido e que os fins são outros….


Dr. José Maria Fonseca – Não. Não foi vendido. E já agora gostaria de explicar que, pelo que a Câmara tem conhecimento, o mercado municipal não foi vendido. Nem o mercado municipal (feira grande), nem o mercado de Côco-Côco. Mais ainda, o Governo neste momento procura através  de contactos com  arquitectos e pessoas ligadas ao paisagismo e não só, ter uma ideia acabada sobre aquilo que poderá vir a ser o futuro dos dois mercados porque realmente o centro da cidade precisa ter a sua movimentação normal, mas regrada e disciplinanada, com actividades não poluentes e que atraiam turistas.  O que se pretende é que as actividades dos dois mercados não concorram com as do mercado de Bôbô-Fôrro. 


STP-Press – Portanto, continuaremos a ter o mercado municipal e o mercado de Côco-Côco, mais o mercado de Bôbo-Fôrro.


Dr. José Maria Fonseca – Sim, sim, continuaremos.
STP-Press – Sobre o mercado de Côco-Côco. O mercado tem vindo a albergar actividades de todo o tipo. No entanto, com as obras nele em curso e as transferências para Bôbo-Forro,  tem havido insatisafação da parte de pessoas como comerciantes e cabeleireiras, bem como da parte daquelas que confeccionam alimentos.


Dr. José Maria Fonseca – Bem, essas são das actividades que acompanham as actividades das feirantes. As feirantes também precisam dum salão por perto. Enquanto têm tempo, dão um salto para prepararem os seus cabelos para um Kuaw Non (agrupamento musical) e depois há as lojas e as vendas de refeições entre outras. Esses serviços conexos acompanham o mercado. Ditam o dia-a-dia do mercado. Aliás,  onde há mercado, há sempre pequenos pavilhões que prestam este tipo de serviços.  Só que, o que nós queremos é que esses serviços sejam organizados. Lá onde se vende um produto, lá está o outro a vender um outro tipo de produto,…. Isso não é adequado. Quem vende comida deve trazer a sua comida de casa já confeccionada e não ir cozinhar no mercado poluindo e incomodando os outros com fumo e calor. Que cozinhem o suficiente em casa. Se acabou no mercado, vão a casa buscar mais, ou então voltam a cozinhar em casa. Nós não queremos que as pessoas utilizem o mercado como cozinha.  O fogo dentro do mercado é proibido porque faz aumentar o calor e briga com a saúde pública.


STP-Press – É Presidente da Câmara. Uma nova experiência no rol do seu currículo. Como é que se sente?


Dr. José Maria Fonseca – Eu antes de ser Presidente da Câmara, também já fui autarca. Enquanto autarca, pude aprender muito sobre as actividades da Câmara, as responsabilidades de cada um dos seus órgãos,…. e por isso vim já mais ou menos preparado. E depois, aquela vontade de fazer algo por esta cidade, por este distrito que é também meu,….deixar algo feito para que, aqueles que vierem a me suceder, não encontrem as mesmas dificuldades que encontrei.


STP-Press – E então, como é que gere as críticas destrutivas que nunca faltam?


Dr. José Maria Fonseca – Para já, sou daqueles que não dão ouvidos ao Facebook. Trato de cobardes aqueles que usam redes sociais para denegrir os outros. Aliás, de bom ou de mau, nunca respondo nada do Facebook. A crítica pode ser tanto destrutiva como construtiva. Mas que ela seja frontal. Quem crítica deve ter a hombridade de fazê-la frente a frente. Conversando, dissiparemos as eventuais dúvidas.

 
STP-Press – Referiu-se ao Facebook. E é justamente do Facebbok donde partem referências contundentes sobre a um tal negócio de venda do espaço, dizem jardim, ao lado da inoperante bomba de combustível Ana Chaves voltada para a chamada praia Brasil….

Dr. José Maria Fonseca – Sobre esse espaço, eu pessoalmente não gostaria de me pronunciar. Porque quando eu cá entrei, aquele jardim era um espaço alternativo usado para vendas ao ar livre quando se faziam limpezas aos domingos no mercado municipal. Mais tarde, fui alertado de que se tratava dum jardim com proprietário privado. Mas não me disseram se era todo o jardim, ou parte dele. Fiquei em dúvida. Bem, pelo que sei, tudo começou em 2007 altura em que o espaço foi entregue, digo entregue, à Sonangol, segundo documentos a que a Câmara teve acesso. Detalhes não conheço e por isso não posso me pronunciar. Aliás, até agora não fui chamado para esclarecimentos.


 STP-Press – E sobre o espaço da ex-feira de Ponto?
Dr. José Maria Fonseca – O espaço da ex-feira de Ponto foi concedido à Unitel. Não foi vendido mas, sim, concedido. Havia cláusulas de concessão.  E segundo essas cláusulas, o espaço hoje já não pertence a Unitel porque o propósito era de se erguer ali alguma obra de vulto mas a Unitel, por questões financeiras, não conseguiu materializar o investimento inicialmente previsto. Na minha óptica, apesar de politicamente a interpretação poder ser outra, o Estado devia solicitar a Unitel se ainda está interessada no espaço e que dê prazos para a  execução de algo. Pois é preciso dar utilidade a aquele espaço, um  espaço nobre localizado em plena cidade capital.


STP-Press – E enquanto isso, vamos assistindo ao crescimento dum matagal cercado, mesmo no coração da capital.
Dr. José Maria Fonseca – Exactamente. Mas se fosse um espaço comprado, nós poderíamos respeitar a propriedade privada. Porém, tratando-se dum espaço público, eu acho que o Governo devia dar o devido tratamento ao caso. No entanto, como sabemos, há essa disputa entre o Poder Local e o Poder Central quanto a questões de espaços, …. aquilo era um mercado, é um espaço da câmara, ….. mas quem o concedeu na altura não foi a Câmara. Foi o Governo. Sendo assim, tem que ser o Governo a retirar o espaço a quem o concedeu.


STP-Press – E isto, até quando?

Dr. José Maria Fonseca – Isto até quando surgir alguém que se mostre interessado no espaço. E a gente tem que abreviar.


STP-Press – Ainda faltam 15 meses para o fim do seu mandato. Como é que gostaria de deixar a capital?


Dr. José Maria Fonseca – Eu gostaria de deixar a capital cantando bem alto o slogan que trouxe com a minha equipa. Eis o slogan: Cidade limpa, Saúde para todos. Ter uma cidade limpa, mesmo que velha. Com umas infrastruturas como balneários públicos cujos locais para implementação nós já identificamos, ….. e talvez também ter o sistema de recolha e tratamento de lixo como um exemplo a seguir por qualquer outra Câmara ou qualquer sucessor meu, para que vissem isso como referência. Temos ideias com fundamentos um pouco mais analíticos. Se conseguirmos implementá-las, teremos a nossa cidade limpa, lixo controlado,…. e  teremos a lixeira de Penha como um lugar  onde não se sinta fumo, aliás o fumo no local diminuiu muito. Se conseguirmos, teremos uma lixeira onde se sinta energia renovável a ser produzida. Já estamos a fazer contactos nesse sentido há muito tempo, mas  faltam-nos alguns acertos com o Ministério das Infrastruturas para encerrarmos esse capítulo e arranjarmos investidores para materialização deste sonho de transformação do lixo em energia.  Espero que ainda tenhamos tempo.


STP-Press – Estará a querer dizer que, no momento do adeus, dirá assim:  “Vou-me embora de cabeça erguida, com sentimento de dever cumprido”…..

Dr. José Maria Fonseca – Exactamente. Porque se outros Presidentes já passaram por esta Câmara, todos foram diferentes. Cada um tem a sua atitude, suas ideias. E cada um traz a sua dinâmica, a sua forma de trabalhar, cada um à  sua maneira. Mas que seja de boa-fé e que os objectivos sejam direccionados para o bem-estar da nossa população. Isso é que é o mais importante. Eu não trato as coisas públicas como se fossem minhas. Trato-as ciente da missão que tenho que cumprir em benefício daqueles que me elegeram.


STP-Press – Bom relacionamento entre esta Câmara e o Governo?


Dr. José Maria Fonseca – Muito bom relacionamento por acaso. Cada coisa tem o seu tempo. Há momentos de a gente avançar e há momentos de a gente recuar.   Há momentos de a gente parar e reflectir, como há momentos de a gente caminhar sorrindo. O que nós temos que exigir um do outro,  é a cooperação mútua. No processo de transferência das palaiês para o mercado de Bôbô-Fôrro, da maneira como o Governo quis, tinha que ser mesmo o Governo a assumir. Foi um momento que espero pertencer já ao passado. Uma Câmara sem polícia camarária e com poucos fiscais, como é que iria garantir a manutenção da ordem pública? Seria impossível. A cooperação entre a Câmara e o Ministério da Defesa vão ser sempre saudáveis e vão ter que continuar porque nós somos uma só família. A Câmara tanto precisa do Ministério da Defesa, como o Ministério precisa da Câmara. Vamos sempre precisar, uns dos outros.
 Muita gente questiona: se as pessoas que vendem no centro saem do centro, vão então comer o quê? Então, nós também podemos perguntar: Nossos filhos vão comer o quê? Se não apostarmos no turismo, que será de nós? Se dissermos às pessoas que o nosso peixe que é vendido no chão aqui na cidade fez com que o nosso país tivesse ganho Certificado negativo de qualidade de peixe? E quem quererá vir para um país onde o peixe é vendido no chão e maltratado? Temos que tomar medidas adequadas e prestar serviços de qualidade que possam atrair cada vez mais turistas. Todos sairemos a ganhar. Imaginemos que mil turistas entram só duma vez no país! Taxistas ganham, hotéis ganham restaurantes ganham, artesãos ganham,…. e as próprias palaiês não saem a perder.
Podemos ter algum sacrifício no momento. Mas se estamos a trilhar os caminhos do futuro, vamos conseguir com sucesso. Pronto, é um capítulo com várias páginas, mas em cada página vamos poder sempre ler uma boa e bela história, mas tudo a pensar no bem-estar do nosso país e da nossa população.

No quotidiano ou lidar com casos pontuais, logo surge a necessidade de se encontrar respostas as questões que as tantas, desassossegam.

Sobretudo porque em STP, quando se faz algo pela população, há sempre uns tantos a dizerem que devia ter sido feito antes, ou que está sendo mal feito.  Quando não se faz, é porque não há interesse.

Fim TT

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