Por: Telmo Trindade, Jornalista da Agência de Notícias STP-Press

 São-Tomé, 29 Jun ( STP-Press) – São-Tomé e Príncipe continua sob medidas restritivas impostas pelo Governo desde que a 8 de Abril de 2020, uma segunda-feira, o Chefe do  Executivo, Jorge Bom Jesus, anunciou a existência de quatro casos de  Covid-19 no país.

Essas medidas que incluem lavagem sistemática das mãos com água e sabão, distanciamento social e confinamento, tinham que ser tomadas dada a especificidade de contágio da pandemia.

Porém, paralelamente a doença, subsistem os efeitos sobre as demarches do quotidiano pela sobrevivência.

“Muita ginástica a gente tem que fazer. As vezes, a cabeça arde. Mas não há como. Da minha parte, compreendo muito bem a acção e a atitude do Governo. Estou solidário”, declarou à STP-Press, o empresário José Sardinha, dono duma padaria de pães massa bruta e dum pequeno restaurante e responsável da banda musical Relíquia e do bulauê Ranca Mandioca ex “Floli Canido”.

O ex professor de 51 anos de idade que serviu a função durante cerca de nove anos antes de se enveredar no mundo empresarial, definiu o Governo como corajoso e responsável perante a dimensão do problema, apesar dos já esperados efeitos colaterais.

Zé Sardinha como é vulgarmente conhecido disse que face a actual conjuntura e no meio de tantas responsabilidades, está mesmo remando contra a maré. “ Tenho o restaurante inoperante há meses, a banda Relíquia com dez elementos sem actuar, o bulaue Ranca Mandioca também, …. Tudo a depender da padaria, além da família que tenho que sustentar”.

Conforme confessou, tem vindo a passar por muita pressão da parte dos seus colaboradores, um ou outro a lhe pedir ajuda quase que todos dos dias. Mas como disse o senhor Primeiro Ministro, “Milhó achibonjá dôquê nga sêbê” , ou seja “Melhor ainda bem do que se eu soubesse”.

Zé Sardinha disse estar consciente de que o momento é difícil para todos, mas apelou a população a cumprir as restrições, colaborando, para o bem de todos.

O número de infectados em STP pelo novo coronavírus já ultrapassa  os setecentos.

Fim/TT

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